Salários no Palácio das Araucárias: O Desfile de Mordomias e Desigualdades

Em um estado onde as araucárias se erguem majestosas, os salários dos altos escalões políticos também atingem altitudes estratosféricas. Afinal, quem disse que o ar rarefeito é exclusividade das montanhas?

Governador do Paraná: R$ 35.363,55 — Sim, você leu corretamente. O chefe do Executivo paranaense, aquele que deveria ser o farol da austeridade, embolsa uma quantia que faria até o Tio Patinhas corar de inveja. Com R$ 35.363,55 mensais, o governador desfila pelos corredores do Palácio das Araucárias com a pompa de um magnata. E o que ele faz para merecer essa fortuna? Bem, isso é um mistério digno de Agatha Christie.

Vice-Governadora: R$ 29.469,99 — A vice-governadora, por sua vez, não fica atrás. Com um salário de quase R$ 30 mil, ela deve estar ocupada demais para lembrar que o Paraná não é uma monarquia. Talvez esteja ensaiando discursos para quando assumir o trono.

Secretários de Estado: R$ 25.049,49 — Ah, os secretários! Os verdadeiros maestros da burocracia. Com seus ternos bem cortados e gravatas impecáveis, eles orquestram os bastidores do poder. E quanto ganham? R$ 25.049,49. Isso mesmo, quase o preço de um carro popular. Mas, ao contrário do carro, eles não precisam se preocupar com combustível ou manutenção. Afinal, quem precisa de gasolina quando se tem influência?

Mas espere, há mais! O pacotaço de medidas administrativas do governo de Ratinho Junior (PSD) inclui a criação de nove novas secretarias. Sim, você leu corretamente: NOVE. Parece que o governador está jogando SimCity com o dinheiro público. E enquanto os secretários ganham mais, o povo assiste à dança das cadeiras no tabuleiro político.

E o que diz o líder do governo na Assembleia Legislativa? Ele afirma que o aumento é necessário, que os salários estão defasados. Defasados? Será que ele confundiu com o preço da gasolina? Afinal, o que é defasado para um secretário de estado? Talvez seja a ausência de um iate na garagem ou a falta de um mordomo particular.

Enquanto isso, o cidadão comum luta para pagar as contas, enfrenta filas nos hospitais e assiste à educação pública definhar. Mas não se preocupe, o governador está lá, no topo da pirâmide, olhando para baixo e dizendo: “Aqui é bom, não é mesmo?”