Professores temporários em greve denunciam ameaças de demissão em Santa Catarina

Professores contratados temporariamente na rede pública estadual de Santa Catarina estão enfrentando ameaças de demissão caso decidam aderir à greve em andamento desde o dia 23 de abril. As denúncias, que têm ecoado entre os profissionais da educação, apontam para uma atmosfera de pressão e intimidação por parte de diretores de escolas e outros membros da hierarquia ligados ao governo Jorginho Melo (PL).

O Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina), entidade que lidera o movimento grevista, tem recebido uma série de relatos sobre essas supostas ameaças. Segundo os professores, as intimidações visam dissuadi-los de participar da greve e, consequentemente, enfraquecer o movimento reivindicatório.

O governo de Jorginho Melo, ao ser questionado sobre as alegações, confirmou que está procedendo com descontos salariais para os grevistas, mas se recusou a comentar as supostas ameaças de demissão. Esta atitude tem gerado ainda mais incerteza e revolta entre os professores temporários, que se sentem desamparados diante da situação.

O Sinte-SC, por sua vez, declarou na última sexta-feira (3) que considera ilegal qualquer tentativa de dispensa motivada pela participação na greve e está investigando minuciosamente todas as denúncias que chegam até a entidade. Além disso, a entidade afirmou estar em contato com as autoridades competentes para garantir a segurança e os direitos dos profissionais da educação.

Diante desse cenário tenso, a comunidade escolar e a sociedade em geral estão atentas aos desdobramentos dessa situação, que coloca em pauta não apenas os direitos dos professores, mas também a liberdade de expressão e de organização sindical.


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