18 de maio de 2024

Professores temporários em greve denunciam ameaças de demissão em Santa Catarina

Professores contratados temporariamente na rede pública estadual de Santa Catarina estão enfrentando ameaças de demissão caso decidam aderir à greve em andamento desde o dia 23 de abril. As denúncias, que têm ecoado entre os profissionais da educação, apontam para uma atmosfera de pressão e intimidação por parte de diretores de escolas e outros membros da hierarquia ligados ao governo Jorginho Melo (PL).

O Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina), entidade que lidera o movimento grevista, tem recebido uma série de relatos sobre essas supostas ameaças. Segundo os professores, as intimidações visam dissuadi-los de participar da greve e, consequentemente, enfraquecer o movimento reivindicatório.

O governo de Jorginho Melo, ao ser questionado sobre as alegações, confirmou que está procedendo com descontos salariais para os grevistas, mas se recusou a comentar as supostas ameaças de demissão. Esta atitude tem gerado ainda mais incerteza e revolta entre os professores temporários, que se sentem desamparados diante da situação.

O Sinte-SC, por sua vez, declarou na última sexta-feira (3) que considera ilegal qualquer tentativa de dispensa motivada pela participação na greve e está investigando minuciosamente todas as denúncias que chegam até a entidade. Além disso, a entidade afirmou estar em contato com as autoridades competentes para garantir a segurança e os direitos dos profissionais da educação.

Diante desse cenário tenso, a comunidade escolar e a sociedade em geral estão atentas aos desdobramentos dessa situação, que coloca em pauta não apenas os direitos dos professores, mas também a liberdade de expressão e de organização sindical.