Foi realizada na quinta-feira (27), no auditório Hélio Moreira, no paço Municipal, uma reunião para apresentar e debater o Centro de Referência do Imigrante (CRI) de Maringá. O encontro foi organizado pela Secretaria de Juventude e Cidadania com apoio da Secretaria de Assistência Social e Secretaria da Mulher e participação da Secretaria de Trabalho, Renda e Agricultura Familiar. Participaram representantes de órgãos e entidades que trabalham em ações sociais na cidade.

O CRI fica num bairro próximo à área central da cidade e deve começar a receber imigrantes no começo de julho. “A nossa gestão tem um olhar para quem precisa de auxílio, de apoio”, disse o vice-prefeito Edson Scabora, no discurso de abertura. “O imigrante é uma questão complicada no mundo todo, com pessoas expulsas de seus países. Mas, Maringá é uma cidade que acolhe. Por isso, somos a melhor cidade do Brasil para se viver”, complementou.

“Com a abertura do centro, estamos atendendo a determinação do prefeito Ulisses Maia de ampliação da rede de acolhimento aos imigrantes”, frisou o secretário de Juventude e Cidadania, Emmanuel Predestin. “Vamos investir na educação e formação do imigrante e trocar a placa de mendicância pelo diploma e carteira de trabalho”, complementou o secretário, que é haitiano e premiado por ser o melhor estudante estrangeiro no Brasil.

O CRI é uma casa com amplo espaço, com dez quartos, lavanderia, cozinha, banheiros, jardim, quintal e edícula. O local terá capacidade para receber até 50 pessoas, entre famílias ou imigrantes individuais. O regimento interno está sendo elaborado com participação dos órgãos que já atuam em diferentes áreas sociais. Não haverá custo para os ocupantes do Centro, que será uma transição para a sociedade e não uma moradia fixa.

Além da residência, o projeto do CRI também envolve parcerias com instituições. Como a Universidade Estadual de Maringá. Além de acolher, a intenção é oferecer apoio psicológico, dar cursos e aumentar a empregabilidade dos imigrantes. Já está em andamento o projeto “Oportunidade para todos” que visa integrar este público ao mercado de trabalho.

“O poder público realiza ações integradas de acolhimento e dialogamos com vários órgãos para ajudar a comunidade”, enfatizou a secretária da Mulher, Terezinha Pereira. Ela cita como exemplo o apoio que a secretaria deu a 12 venezuelanas, sendo algumas encaminhadas ao mercado de trabalho.

REDE – Predestin explicou que Maringá tem uma comunidade de 19 mil imigrantes de diferentes etnias, como venezuelanos, haitianos, paraguaios, argentinos, colombianos e egípcios, entre outros. Disse que sua equipe já encaminhou 700 currículos de estrangeiros esse ano para empresas maringaenses e já foram feitos 90 atendimentos sobre documentação de imigrantes entre fevereiro e maio. Lembrou ainda que a UEM disponibiliza 70 bolsas de estudo para imigrantes e que, com o trabalho de acolhimento, será possível utilizar este mecanismo como porta de entrada para a universidade.

Também participaram da reunião hoje o Conselho Municipal da Juventude, igrejas, conselhos tutelares, ONGs, associações, institutos, entre outros órgãos ligados às questões sociais.

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