Atividades tratam de temática dos povos originários que podem ser trabalhadas em escolas e centros de ensino brasileiros;

Iniciativa vem no contexto da lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o estudo da história e da cultura indígenas e afro-brasileiras nos ensinos fundamental e médio

 Conscientizar educadores dos ensinos fundamental e médio sobre as lutas, culturas e diversidades dos povos originários, além de propor um currículo intercultural na formação dos professores norteiam os encontros oferecidos mensalmente pelo Museu das Culturas Indígenas (MCI) — instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Em 14 de março, às 10h e às 14h, os Mestres de Saberes, indígenas do programa educativo, apresentam aos professores temáticas e práticas para estudo da história e da cultura indígenas nas escolas. A formação não é exclusiva para professores e pode ser acompanhada por profissionais de outros espaços de aprendizagem. 

“Por meio dessa interação, o MCI pretende aproximar os professores e, consequentemente, os jovens e as crianças para conhecer verdadeiramente quem são os povos originários e ampliar suas consciências sobre as lutas dos povos originários”, conta Cristine Takuá, do povo Maxakali, diretora de articulação do Instituto Maracá, educadora e artesã.

O ciclo é uma importante ferramenta de apoio para os educadores: “além de abordar as histórias de lutas dos povos originários, a formação também trata da adequação do uso de alguns termos e referências comuns aos indígenas que ainda não são esclarecidos em espaços não-indígenas”, afirma Ana Estrela, educadora do MCI que atua na supervisão do NUTRAS (Núcleo de Transformação e Saberes).

O MCI também conta com outros projetos que visam dar suporte ao professor em sala de aula, como pesquisas de conteúdo para trabalhar a temática indígena, produção coletiva de materiais didáticos e a elaboração de um curso de longa duração para formação de educadores. 

Educação intercultural

Desde sua criação, o MCI articula-se com instituições de ensino superior para mudança e inclusão nos currículos pedagógicos dos futuros professores temáticas que tratam de visões plurais e decoloniais a respeito dos povos originários. Nesta proposta mostra-se a necessidade da formação intercultural dos educadores, a fim contribuir para o repertório educativo dos futuros professores.

SERVIÇO

Formação de professores

Data e horário: 14 de março, às 10h (ensino infantil) e às 15h (ensino fundamental e médio)

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