3 de maio de 2024

Fim do Enem digital: o que os alunos perdem com essa decisão?

Focused female student excited with online test in computer class. Black woman in casual sitting at table, using desktop, typing, looking at monitor with open mouth. Excites student concept

A Diretora de desenvolvimento de negócios em mercados de língua portuguesa da TestWe, Rafaela Manes, comenta sobre os pontos negativos do abandono da versão digital do exame 

No início deste ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), anunciou o fim da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida foi justificada pela baixa adesão dos candidatos e pelos altos custos na aplicação. Para se ter uma ideia, das 100 mil vagas disponibilizadas em 2022 para o exame na versão digital, apenas 66 mil foram preenchidas e menos da metade dos inscritos compareceu. Portanto, ficou mantida apenas a versão física da prova.

Para a diretora de desenvolvimento de negócios em mercados de língua portuguesa da TestWe, Rafaela Manes, tal fato pode prejudicar alunos que se adaptam melhor à versão online e que estão mais alinhados à realidade tecnológica dentro das salas de aula. Rafaela explica que a digitalização do Enem desempenha um papel importante na preparação dos estudantes para a era digital.

“Ao abandonar a versão digital, o Enem pode perder alguns recursos que a tecnologia oferece, como a flexibilidade de aplicação” afirma a diretora. “Além disso, essa versão permite a inclusão de elementos multimídia, como vídeos, imagens e áudio, o que enriquece a experiência do candidato e a qualidade das questões que podem, também, ser corrigidas de forma automatizada, agilizando o processo de avaliação e reduzindo a possibilidade de erros humanos na correção”, completa.

Democratização de acesso

Anunciada em 2019, a versão digital foi alvo de críticas quanto à proteção de dados, falhas de conexão à plataforma e falta de acesso à internet para parcela da população. Contudo, Rafaela aponta que as provas digitais são, muitas vezes, a opção mais eficiente e mais segura. Implementando medidas de segurança digital, como protocolos de segurança avançados, monitoramento rigoroso dos ambientes de prova e investimento em técnicas de detecção de fraude, pode-se fortalecer a proteção contra tentativas de fraude. Em questão de problemas com a internet, a diretora sugere a possibilidade de as provas serem feitas de modo offline, como a TestWe assegura. “Com a nossa solução, os exames seletivos ou provas, como o Enem, podem ser realizados à distância com toda a segurança necessária, como é o caso do nosso aplicativo com a segurança ProctorWe”.

Em se tratando dos principais benefícios da adaptação das provas às plataformas digitais, a diretora afirma que, além da redução de custos com impressão e logística, o modelo digital promove a inclusão de estudantes de todas as classes.

“Quando aplicado da maneira correta e com as ferramentas adequadas, o modelo digital possibilita a participação de mais jovens no Enem, independentemente do lugar onde eles moram e das condições de acesso à internet”, aponta Manes. A diretora ressalta que, com a implementação de políticas de inclusão digital, distribuição de dispositivos e locais de prova com infraestrutura tecnológica adequada, o meio torna-se mais acessível a todos os participantes.

Além dos benefícios à educação, a diretora traz à tona a questão ambiental: com o uso de plataformas digitais, o consumo de papel e a demanda por recursos naturais são reduzidos, contribuindo com o pensamento sustentável. “Temos que citar que o retorno 100% ao papel é um grande regresso para a educação brasileira em geral. Países da Europa, como Portugal, estão digitalizando cada vez mais as avaliações como com o projeto em curso para digitalizar todos os exames até 2025”, conclui a diretora.

Sobre a TestWe – A TestWe é uma solução que digitaliza totalmente o processo das avaliações online: da criação à correção, incluindo a análise de notas e competências, tanto na sala de aula quanto à distância. Além da gestão de provas, a empresa, com sede na França e operação no Brasil, apresenta também a tecnologia ProctorWe, que garante um ambiente seguro e antifraude com monitoramento 360º de áudio e vídeo, — mesmo em conexão offline — e em conformidade com a LGPD.

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