2 de maio de 2024

Especialistas explicam quais são as causas e os meios de tratamento para o transtorno

Imagem: Freepik

A compulsão alimentar é um tema relevante tanto para a psicologia quanto para a nutrição, pois envolve aspectos emocionais e comportamentais relacionados à alimentação. Os sintomas desse transtorno podem ser identificados por meio de sinais como o consumo descontrolado de grandes quantidades de alimentos em um curto período de tempo, mesmo sem fome física. Além disso, a pessoa pode experimentar sentimento de culpa, vergonha e falta de controle em relação à comida, o que impacta negativamente sua saúde mental e física.

“Esse transtorno está frequentemente associado a questões emocionais, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. Muitas vezes, as pessoas recorrem à comida como uma forma de lidar com essas emoções, buscando conforto temporário na alimentação descontrolada. Portanto, é fundamental abordar esses aspectos psicológicos para compreender e tratar a compulsão alimentar de maneira abrangente”, explica a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU – Centro Universitário Mauricio de Nassau Paulista, Márcia Karine Monteiro.

A recente edição do reality show Big Brother Brasil 24, da Rede Globo, gerou uma discussão significativa sobre compulsão alimentar, especialmente em relação à participante Yasmin Brunet. Após críticas do cantor Rodriguinho, que a apelidou de ‘Yasmin Comer’, a modelo revelou nesta terça-feira (16) que o confinamento tem impactado sua compulsão alimentar, levando-a a se sentir “completamente descompensada”. 

Para a nutricionista e professora do curso de Nutrição da UNINASSAU Boa Viagem, Ana Costa, é importante considerar os impactos físicos da compulsão alimentar no organismo. “O consumo excessivo e desregulado de alimentos pode levar a problemas de saúde, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, a falta de controle sobre a alimentação pode resultar em deficiências nutricionais, prejudicando o bem-estar geral do indivíduo”, explica.

Após os episódios de compulsão, é comum que os indivíduos se vejam imersos em um ciclo de culpa e remorso. A vergonha associada aos excessos alimentares pode levar ao isolamento social, agravando ainda mais os impactos negativos na saúde mental.

“Sempre bom ficar em alerta sobre elogios relacionados à magreza, destacando que a perda de peso nem sempre está ligada à estética e pode ser resultado de um quadro de depressão. Isso ressalta a importância de abordar as questões relacionadas à saúde mental com sensibilidade e seriedade”, comenta Márcia.

“Superar a compulsão alimentar é uma jornada desafiadora, mas possível. Compreender os fatores emocionais envolvidos, adotar uma abordagem nutricional equilibrada e contar com o suporte de profissionais capacitados são passos cruciais para restaurar uma relação saudável com a comida e promover o bem-estar integral”, finaliza Ana Costa.

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