20 de maio de 2024

“Demarcação Já!” é nova campanha da Rede Democracia e Direitos Humanos 

A Rede Democracia e Direitos Humanos (RedeD), um hub de instituições e frentes voltado para a comunicação popular e a criação de uma agenda comum em parceria com movimentos, organizações e instituição que visam uma democracia inclusiva no país, lançou em São Paulo no domingo (24), na aldeia (tekoa) Guarani Itawera, a campanha “Demarcação Já!” que vai mobilizar a sociedade civil e sensibilizar o legislativo para demarcar as áreas dos povos originários.

“Com a vitória contra o Marco Temporal, no STF, temos que engatar imediatamente a luta pela demarcação. No caso dos Guaranis do Jaraguá, onde fomos convidados para lançar a RedeD e a campanha pela demarcação, são quase mil indígenas com apenas 1,7 hectare demarcado. Nosso propósito é unir a sociedade brasileira para lutar, junto com os povos indígenas, pela demarcação de suas terras – assim como as terras dos quilombolas –, e pela preservação dos biomas brasileiros”, explica Fred Ghedini, um dos organizadores da Rede Democracia e Direitos Humanos.

No evento na tekoa Itawera participaram representantes da Associação Engenharia pela Democracia (EngD), O Candeeiro, Coletivo Digital, a Comissão Justiça e Paz de São Paulo, a Frente Inter Religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz, o Movimento Geração 68 Sempre na Luta, o Armazém Memória, o Banquetaço, Conselho Municipal dos Povos Indígenas, representantes das religiões de matriz africana, xamanismo, judaica, católica, evangélica, além de entidades estudantis, o MST, o vereador Eliseu Gabriel, lideranças indígenas Guarani de tribos do sul da Bahia, litoral norte de S. Paulo e representantes quéchuas do Peru.

“Saímos mais motivados desse encontro, afinal, quando a crise climática gera crescentes efeitos devastadores sobre vários países, vemos como as populações tradicionais podem contribuir porque são as que melhor protegem rios, matas e florestas remanescentes; garantir que elas continuem tendo acesso às suas terras é uma questão de interesse geral, que exige a mobilização e manifestação dos movimentos sociais e da população informada”, disse Antonio Funari, presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo e integrante da RedeD.