Grupo ameaçar matar pastor sequestrado em dezembro caso governo da Nigéria não atenda uma ‘lista de exigências’

O Boko Haram deu na quinta (25) o prazo de uma semana para libertar um pastor sequestrado no estado de Borno, ao nordeste do país. O clérigo é mais uma das vítimas da queda de braço entre o governo da Nigéria e o grupo, que usa ameaças, sequestros e assassinatos de civis para pressionar as autoridades em Abuja.

O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, deu um ultimato para a libertação de Bulus Yakuru em troca de uma lista de exigências ao governo nigeriano. As demandas dos extremistas não foram divulgadas.

Em 24 de dezembro de 2020, militantes atacaram o vilarejo de Pemi, sequestraram o pastor e mataram outras sete pessoas. A comunidade fica a 20 quilômetros de Chibok, onde os insurgentes sequestraram centenas de meninas em abril de 2014.

Em um vídeo acessado pelo portal local HumAngle, o Boko Haram pede a intervenção do presidente nigeriano Muhammadu Buhari e do governador de Borno, Babagana Zulum, no resgate de Yakuru.

Se as autoridades não responderem o pedido, os extremistas prometeram executar o pastor na próxima quarta-feira (3). Além de Yakuru, alunos de escolas também estão sendo sequestrados no noroeste da Nigéria.

No dia 17, a organização Human Rights Watch denunciou que novas escolas haviam perdido centenas de alunos e professores em uma onda de sequestros do Boko Haram nas regiões do norte do país. Um aluno teria sido morto pelo grupo.

O estado nigeriano do Níger é um dos mais afetados pela insegurança gerada pela facção desde a sua formação, em 2002. A HRW pediu ao governo da Nigéria a expandir suas redes de proteção das escolas do país.

 

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