Dos R$ 110.372,11 gastos pelos deputados federais do Rio de Janeiro em serviços postais em 2020, só Hélio Lopes (PSL), conhecido também como Hélio Negão, utilizou R$ 80.469,82 para esse fim durante todo o ano. Sendo, R$ 79.950,00 só em dezembro. Para comparação, o segundo parlamentar federal do estado que mais gastou no serviço foi Juninho do Pneu (DEM), com R$ 3.451,23 em todo o ano de 2020.

O valor elevado do deputado para a despesa não é surpresa se for olhar os números de 2019. No dia 30 de dezembro daquele ano, Hélio Lopes gastou em Serviços Postais (carta comercial) R$ 97.500,00. Na época, segundo sua assessoria, “esse gasto foi para o envio de 48 mil correspondências, na qual foi feito uma prestação de contas acerca da atuação do parlamentar em 2019, valor total esse foi do valor cobrado no contrato dos correios com a Câmara dos Deputados. Cabe frisar que durante todo o ano não se gastou nada de sua verba de gabinete com publicidade, propaganda, consultoria, dentre outros gastos, visando exclusivamente o envio dessas correspondências para os eleitores contendo um resumo da atuação parlamentar no decorrer do ano”.

A REGRA É CLARA

Lançado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União em 2004, o Portal da Transparência do Governo Federal é um site onde é possível encontrar informações sobre como o dinheiro público é utilizado. Os dados são checados e raramente se encontra erro de lançamento de informações. A cota parlamentar custeia as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular. Algumas despesas são reembolsadas, como as com os Correios, e outras são pagas por débito automático, como a compra de passagens. Nos casos de reembolso, os deputados têm três meses para apresentar os recibos. O valor mensal não utilizado fica acumulado ao longo do ano – isso explica por que alguns meses o valor gasto pode ser maior que o teto.

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