Universidade Estadual de Maringá: O Leilão de Conhecimento e a Dança dos Salários
Maringá, 1º de março de 2024 — Enquanto o sol se esconde atrás das araucárias, um leilão silencioso acontece nos corredores da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Não, não são obras de arte ou antiguidades raras. São os salários dos professores temporários, vendidos ao melhor lance.
Oportunidade Única! — O edital lançado pela Pró-Reitoria de Recursos Humanos e Assuntos Comunitários (PRH) anuncia a contratação de 87 professores temporários em 65 diferentes áreas do conhecimento. A corrida está aberta, e os candidatos se preparam para o grande pregão acadêmico. Quem oferecer mais conhecimento, menos questionamentos e a melhor reverência aos burocratas terá a chance de lecionar.
Lance Inicial: R$ 202,63 — A taxa de inscrição é o ingresso para o leilão. Por R$ 202,63, você adquire o direito de competir. Mas atenção: não aceitamos cheques ou cartões de crédito. O pagamento deve ser feito em espécie, diretamente na tesouraria da UEM. Afinal, dinheiro vivo é a moeda oficial da academia.
Avaliação de Títulos e Currículo — Os candidatos serão submetidos à prova didática, uma espécie de desfile intelectual. Afinal, quem precisa de aulas práticas quando se pode dissertar sobre a teoria do vácuo quântico? A nota mínima para aprovação é 6,0, mas os verdadeiros campeões almejam o 10,0. Afinal, quem quer ser medíocre quando se pode ser mediano?
Salários Astronômicos — Os vencedores terão a honra de receber salários que variam conforme a titulação. Alguns podem chegar a R$ 10.687,27. Sim, você leu corretamente. Isso é mais do que muitos doutores ganham em um ano. E o que eles precisam fazer? Ensinar, claro! Mas não se preocupe, a carga horária é flexível. Afinal, quem precisa de compromissos quando se tem um salário desses?
Dança das Cadeiras — O governador do Paraná, com seu salário de magnata, deve estar assistindo à dança das cadeiras com um sorriso satisfeito. Afinal, enquanto os professores temporários se debatem por uma fatia do bolo, ele desfila pelos corredores do Palácio das Araucárias. E o povo? Bem, o povo assiste à educação pública definhar, enquanto os salários voam mais alto que os pinheiros.