Uma aventura na educação brasileira
Por Julio Take
Olha, gente, essa história da educação no Brasil é de tirar o chapéu (ou melhor, o diploma!). 800 reais pra mensalidade numa escola particular? É um valor que me dá um nó na garganta! E o pior é que essa conta não é só um pesadelo meu, não. É um retrato cruel da realidade de milhares de famílias brasileiras.
Olhei lá no site da SEED (sim, fui até o fundo do poço da burocracia!), e a média do valor mínimo por aluno na rede estadual, calculando todo o estado, deu 173,79 reais. Sim, vocês leram certo! 173,79 reais pra bancar todo o aprendizado da criançada. É como se a gente estivesse falando de uma pizza dividida em 4,6 fatias, e cada pedaço custando quase 800 reais! É de dar dó, né?
Mas aí vem a cereja do bolo: o governador com seu projeto mirabolante, prometendo mundos e fundos pra educação. Só que, no meio da promessa, um cálculo que me deixou boquiaberto: 908 mil alunos na rede estadual, pagando 800 reais por mês. Isso dá um total de 726.400.000 reais por mês, ou 8.716.800.000 reais por ano! É 8 BILHÕES, gente!
A pergunta que não quer calar: se o governo tem esse dinheiro todo pra investir na educação, por que não investe? De onde vai sair esse dinheiro se não for do bolso do contribuinte?
A gente tá falando de um valor que daria pra reformar todas as escolas, contratar mais professores, comprar materiais didáticos de última geração e ainda ter grana pra investir em pesquisas e programas de apoio aos alunos. Seria a educação dos sonhos, né? Mas aí a gente se depara com a realidade: a pizza tá dividida em fatias desiguais, e quem tá com a fatia maior nem sempre tá com a fome de aprender.
Essa história da educação me faz pensar em um grande quebra-cabeça: de um lado, temos um governo com um projeto milionário, que promete dar um salto na qualidade do ensino. Do outro lado, temos milhares de alunos, de escolas públicas, que lutam por uma educação digna. E no meio dessa confusão, um valor de 8 bilhões, que parece um fantasma, que assombra a educação e nos deixa com mais perguntas do que respostas.
Será que a gente vai ter que esperar a mágica acontecer? Ou será que a solução tá na mão de cada um de nós? Que tal a gente levantar a voz, cobrar dos nossos representantes, e exigir uma educação de qualidade, justa e digna para todos?
- Julio Take é jornalista, blogueiro e fotografo e editor do Blog do Take