21 de setembro de 2024

Um grito de basta: Solidariedade e repúdio à violência contra estudante em Ponta Grossa

O ar da cidade de Ponta Grossa, Paraná, se carregou de indignação e um grito uníssono por justiça. 28 entidades, em um ato de coragem e compaixão, uniram suas vozes em um documento contundente de solidariedade à estudante do Colégio Cívico-Militar General Osório, vítima de um ato de violência sexual por parte do monitor militar, Coronel Emerson Pinheiro.

Este ato hediondo, que repercutiu com força na comunidade, coloca a comunidade diante de um problema grave e urgente: a presença de militares em escolas públicas, em vez de promover a segurança e o bem-estar, se transforma em um terreno fértil para a violação de direitos e o abuso de poder.

É inaceitável que o espaço escolar, que deveria ser um ambiente de aprendizado, acolhimento e desenvolvimento, se torne palco de violência, especialmente contra adolescentes. A atitude do Coronel Emerson Pinheiro, além de criminosa, fere de morte a confiança que a sociedade deposita em seus agentes de segurança.

A agressão sexual sofrida pela estudante, além de ser um ato brutal, é um trauma que poderá marcar a sua vida para sempre. Imagine o peso da dor, da revolta, da sensação de impotência que a acompanha. Como é possível, em sã consciência, tolerar que um futuro seja ceifado, que uma vida seja marcada por um ato de violência tão cruel?

A resposta é clara: o cidadão não pode admitir. É preciso que a sociedade local se levante, que a voz da indignação ecoe por todos os cantos, que a comunidade se una em repúdio a essa barbárie! Denuncie, com todas as forças, qualquer ato que envolva militares desqualificados para lidar com crianças e adolescentes.

O Paraná precisa se posicionar, e este é o momento! O Governador Carlos Massa Ratinho Jr. precisa ouvir o clamor popular, o grito de basta que emerge do coração de cada cidadão. O lugar do policial militar é nas ruas, protegendo a sociedade, combatendo o crime, garantindo a segurança de todos. Nas escolas, o que se espera são educadores, profissionais qualificados para construir um futuro melhor para as crianças e adolescentes.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pilar fundamental da proteção integral aos jovens, ressoa com força nesse momento. Ele faz questão de lembrar que a vida, a saúde, a liberdade e a dignidade de cada criança e adolescente são sagradas, invioláveis. O ECA é a bússola, o escudo contra a violência, o compromisso com o futuro. Por esse motivo a sociedade não pode admitir a violação do documento.

Que a história da estudante do Colégio Cívico-Militar General Osório seja um marco de inflexão, um ponto de partida para a construção de uma sociedade mais justa, onde a violência não tenha lugar, onde a educação seja um instrumento de transformação e a proteção da criança e do adolescente seja uma prioridade inegociável.

Este é o momento de agir, de se posicionar, de levantar a voz em defesa dos jovens, de exigir justiça e de construir um futuro livre da violência.

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