Câmara de Astorga surpreende ao contratar assessor de imprensa sem histórico jornalístico

o que acontece quando a política resolve dar uma guinada na escolha de seus assessores de comunicação? Astorga parece ter a resposta, e ela vem embalada em uma nomeação no mínimo curiosa

Por Julio Take

A pergunta que ecoa nos corredores da Câmara Municipal de Astorga é: o que leva um presidente a nomear um assessor de imprensa que sequer pisou na redação de um jornal? Eduardo Castro Ribeiro, recentemente empossado nesse cargo estratégico, traz consigo um currículo que, no mínimo, destoa do padrão esperado para quem assume a comunicação de uma casa legislativa.

Ao contrário do que seria sensato, Eduardo não coleciona experiências em redações ou possui um diploma de jornalismo pendurado na parede de seu escritório. Em vez disso, ele se apresenta como um hábil Consultor e prestador de serviços em folha de pagamento. Será que estamos diante de uma nova forma de comunicar a política, onde o conhecimento sobre salários supera a habilidade de lidar com perguntas incisivas?

A assinatura do ato de nomeação, carimbada por Fernando Roberto Caniato Basilichi, presidente da Câmara Municipal, e Alexandre César da Cruz Amaral, primeiro secretário, deixou um rastro de perplexidade entre os vereadores. Afinal, o que se esperava era um profissional da comunicação, alguém que conhecesse os meandros dos contatos jornalísticos e dominasse a arte de comunicar para o público.

No entanto, a decisão não passou despercebida, e a nomeação de Eduardo Castro Ribeiro já se configura como o novo capítulo de um embate que promete agitar os corredores legislativos. Os vereadores, contrários à escolha, não economizaram palavras para expressar sua indignação. Para um deles, contratar um assessor de imprensa sem vivência no setor de comunicação é tão absurdo quanto ter um chef de cozinha sem habilidades culinárias.

Neste momento, Astorga se torna palco de uma trama política em que a comunicação parece ter perdido a lógica. Afinal, quem precisa de jornalistas quando se pode ter especialistas em folha de pagamento ditando os rumos das notícias? Resta aguardar os desdobramentos dessa ousada aposta da Câmara Municipal e ver se Eduardo Castro Ribeiro conseguirá transformar sua experiência em salários em uma carreira brilhante no universo da comunicação política.

*Julio Take é jornalista, blogueiro e fotografo. Tem atuação em todo o Paraná


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