Sul é a região com menor quantidade de micro e pequenas indústrias funcionando em plena capacidade e a mais insatisfeita, aponta pesquisa

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Menos da metade estão em atividade integral e 8% avaliam que existe a possibilidade de a empresa fechar nos próximos três meses

A 7ª rodada da pesquisa “Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria”, produzida pelo SIMPI/Datafolha, indica que 40% das micro e pequenas indústrias (MPI’s) estão funcionando em plena capacidade. Os dados fazem parte do período de abril e maio de 2023; é o menor índice em comparação com os demais locais do Brasil. No bimestre anterior, entre fevereiro e março, o Sul liderava o ranking, com 56% da capacidade total de atividades.

Em contrapartida, a média nacional de atividades em plena capacidade fechou em 48%, pouco abaixo do registrado nos dois meses anteriores (50%). A região com melhor desempenho foi o Sudeste, com 53%, sendo que o estado de São Paulo registrou 56%.

Entre os motivos que levaram a esta piora e inversão de cenário estão: queda na atividade econômica, empresários com receio de investir no próprio negócio, elevada taxa de juros e dificuldade de acesso a crédito, por exemplo. Tais fatores comprometem o funcionamento das MPI’s e provocam um recuo, por parte dos dirigentes. Diante disto, 8% das micro e pequenas indústrias do Sul consideram a possibilidade de fechar seus negócios nos próximos três meses.

A consequência instantânea desta realidade é de um descontentamento com o rumo das micro e pequenas indústrias.

Índice de Satisfação das MPI’s

Índice de Satisfação das micro de pequenas indústrias (medido em uma escala de 0 a 200 pontos) leva em consideração a situação geral, faturamento e margem de lucro de uma empresa.

No Sul, este número foi o mais baixo, também em comparação com as demais regiões do Brasil: 110 pontos. Novamente, ficou abaixo da média nacional, que fechou em 121 pontos.

De acordo com a pesquisa, além da dificuldade de manter as atividades em andamento, o Sul foi a região que mais tomou empréstimos para ter capital de giro: 10%; a média nacional fechou em 6%. Foi também onde teve uma quantia significativa de tomada de empréstimos para pagar alguma despesa financeira 17% (como renegociar ou pagar dívidas; pagar despesas; investir; pagar fornecedores; capital de giro), e ficou em segundo lugar, comparando com as demais regiões; o Centro-Oeste (19%) ocupou a primeira posição.

“Foi a região onde a crise econômica está afetando de forma mais intensa. Em função disso, os empresários buscam alternativas para não encerrarem suas empresas”, comenta Joseph Couri, presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI). 

No que se refere a investir no setor, por exemplo, nota-se um comportamento “morno”, como consequência das questões apresentadas acima: 14% realizaram algum tipo de investimento, número igual ao Nordeste e Centro-Oeste/Norte (a maioria foi na compra de máquinas e equipamentos).

“Estamos esperando macropolíticas e políticas públicas para manter as atividades, que estão em um momento crítico”, conclui Couri.

Sobre a pesquisa

Realizado pelo Datafolha, a pedido do Simpi, o Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, traz um panorama geral da categoria. A coleta de dados ocorreu entre os dias 09 e 29 maio de 2023, foram realizadas 712 entrevistas.

Para consultar outros dados da 7ª edição da Pesquisa Nacional do SIMPI, por favor, entre em contato com a equipe de Assessoria de Imprensa.


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