Sonia Abrão e o “Acorda!” para a Globo: uma crítica afiada ao “Domingão” e a Luciano Huck
A apresentadora Sonia Abrão, conhecida por seu estilo direto e suas opiniões contundentes, recentemente usou seu programa “A Tarde é Sua” para lançar uma crítica ferrenha ao “Domingão com Huck”, comandado por Luciano Huck na TV Globo. A frase “Acorda!”, disparada por Abrão, se tornou um grito de guerra nas redes sociais, reverberando o descontentamento de parte do público com a atração dominical.
O que motivou essa crítica? A insatisfação de Abrão, e de muitos telespectadores, parece se concentrar em dois pontos principais: a falta de inovação e o caráter “pastelão” do programa. O “Domingão” tem sido acusado de se repetir, com quadros e dinâmicas que se assemelham a edições anteriores, sem apresentar algo novo ou inovador. A repetição, segundo Abrão, gera um sentimento de “déjà vu” e desmotiva o público, que busca algo mais interessante e atual.
A crítica também se dirige ao tom “pastelão” do programa. Para Abrão, a comédia presente no “Domingão” se torna repetitiva e cansativa, descambando para o humor “batido” e previsível. O público, especialmente o mais jovem, busca humor mais inteligente, reflexivo e crítico, algo que, na visão de Abrão, o “Domingão” não oferece.
Outro ponto crucial levantado por Abrão é a ausência de pautas relevantes e de debates sobre temas contemporâneos. A crítica aponta para a falta de aprofundamento em questões sociais, políticas e culturais, que poderiam gerar um debate mais engajado e relevante para a sociedade. Em tempos de polarização e discussões acaloradas, o “Domingão” parece se esquivar de temas relevantes, focando em um entretenimento superficial.
A crítica de Abrão ressoa com um sentimento crescente na sociedade: a busca por um entretenimento de qualidade, que dialogue com a realidade, provoque reflexões e gere debates. O público anseia por programas que fujam do superficial e que promovam a construção de um diálogo mais crítico e inteligente.
A crítica de Abrão, embora direta e contundente, representa um clamor por mudança. Ela coloca em xeque a fórmula do “Domingão”, questionando a sua relevância e a sua capacidade de conectar-se com o público. O “Acorda!” de Abrão serve como um alerta para a Globo: é hora de repensar a fórmula do “Domingão”, buscando um formato mais inovador, crítico e engajado, que dialogue com as demandas de um público cada vez mais exigente.
A crítica de Abrão, longe de ser um ataque pessoal a Luciano Huck, representa um chamado por uma televisão mais relevante e engajada. Em um cenário de fragmentação e multiplicidade de plataformas, a TV aberta precisa se reinventar e oferecer ao público um entretenimento que faça jus ao seu papel social.