Senai Paraná, governo do estado e indústrias reúnem-se no lançamento do Parque Tecnológico da Indústria
Com foco no desenvolvimento econômico, complexo terá relação direta com segurança viária e meio-ambiente, olhando para o perfil da população do futuro
Na quinta-feira (20), o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro, a diretora regional do Senai e superintendente do Sesi e do IEL no Paraná, Fabiane Franciscone, e o gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep, Fabrício Lopes, receberam autoridades e lideranças de diferentes segmentos industriais para o lançamento do Parque Tecnológico da Indústria.
Sediado no Campus da Indústria Sistema Fiep, em Curitiba, o Parque Tecnológico da Indústria é um complexo científico-tecnológico com foco em mobilidade, impulsionado pelo Senai Paraná, com apoio do IPPUC, UFPR e Senai Santa Catarina e financiado pela FINEP, que será inaugurado no primeiro semestre de 2024. Por meio de todas as suas soluções, parcerias e infraestrutura, objetiva desenvolver tecnologias para gerar inovação, bem-estar, crescimento econômico e desenvolvimento social. Inicialmente, o foco será em transporte público, veículos leves de cargas/pessoas e micromobilidade.
“É um orgulho, nesse momento, contar com a presença em peso da indústria, do governo e da academia, além de representantes de outros sistema indústria. O Parque vem para servir a indústria com o Senai Paraná como orquestrador de um tema tão vital, para nacionalizar tecnologias, sendo capaz de desenvolver uma nova indústria de base tecnológica, do futuro, e de fortalecer a indústria do presente, que passará a ser mais competitiva com parceiros locais”, disse Carlos Valter, presidente do Sistema Fiep.
O Paraná é hoje o terceiro principal polo automotivo do Brasil, que responde por cerca de 15% dos veículos produzidos no país. O complexo do Campus da Indústria (com mais de 165K m2) já conta com Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, Aceleradora de Startups, Habitat Senai, Agência de Fomento, Educação Superior, institutos de pesquisa e órgãos do governo, como a Fundação Araucária.
“Tudo que faltava no Paraná era um Parque Tecnológico igual a esse que está sendo montado aqui na nossa Fiep, falo nossa porque é do Paraná”, afirmou o governador em exercício do estado do Paraná e presidente do Sistema Fecomércio, Darci Piana. “A gente fica muito contente em saber que a indústria está se preocupando com a evolução do mundo e, com isso, traz oportunidades para as indústrias que estão se instalando no Paraná, melhorando a potencialidade produtiva.”
Mais de 4,5 mil m2 exclusivos serão agregados à estrutura existente, com laboratórios de prototipagem, planta semi-industrial para produção de módulos e packs de baterias e área para empresas e startups produzirem pequenos lotes de suas soluções, além de espaço de conexão do ecossistema de inovação.
“O Parque Tecnológico da Indústria funcionará como um grande hub de geração de negócios. Ele escutará a dor das grandes indústrias e as tendências tecnológicas que precisam ser desenvolvidas no país; escutará a necessidade do poder público para o desenvolvimento de cidades inteligentes; conectará com empresas de tecnologia capazes de suprir essas necessidades; trará capital intelectual para que essas tecnologias sejam desenvolvidas”, explicou Fabiane Franciscone. “Ganha a indústria, o estado, a sociedade. É o Senai cumprindo a missão de apoiar e fortalecer a indústria para melhorar a vida das pessoas.”
Durante o evento de lançamento, que contou com mais de cem pessoas, Flavia Ciaccia, vice-presidente da Eve Air Mobility (EMBRAER), apresentou o “carro voador” que está sendo testado. Já Ana Jayme, arquiteta e urbanista e assessora de investimentos no IPPUC, trouxe os desafios e perspectivas para a transição de uma mobilidade sustentável.
Fabrício Lopes, gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep ressalta que os desafios sociais dos grandes centros urbanos passam pela mobilidade e a tecnologia vem para saná-los. “Cerca de 14% das emissões de gases poluentes vêm da área; famílias que ganham um salário-mínimo gastam 20% com transporte; até 2030 o Brasil será um dos países com maior número de centenários no mundo e como essas pessoas farão para se locomover é uma questão importante”, contou. “A mobilidade inteligente não trata apenas de veículos elétricos ou autônomos, é muito mais ampla. Tem um olhar para a igualdade social, para o impacto ambiental e para temas como a longevidade e a inclusão.”