Saiba como aproveitar sem prejudicar a saúde da voz e a audição

saiba como aproveitar sem prejudicar a saúde da voz e a audição

Brazilian Carnival. Group of friends celebrating carnival party

A chegada do carnaval é sinônimo de muita diversão. Mas alguns excessos e descuidos na hora de curtir a folia podem prejudicar a saúde da voz e trazer riscos à audição.
 

Segundo o Dr. Hugo Valter Lisboa Ramos, presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) e especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), a ocorrência de casos de alteração vocal ou rouquidão são comuns nessa época do ano.
 

“A música alta e as cantorias por longos períodos podem ocasionar cansaço e falhas na voz, dor ao falar, rouquidão, dor de garganta, dor de ouvido e zumbido. Em ambiente de som intenso, como nas festas e blocos de carnaval, as pessoas também começam a falar mais alto ou a gritar para serem ouvidas”, esclarece Ramos.

Em ambiente de som intenso, como nas festas e blocos de carnaval, as pessoas também começam a falar mais alto ou a gritar para serem ouvidas. “Forçar muito a garganta pode acarretar a perda de voz, o que pode ser total ou gradual e progressiva, começando com a rouquidão até a completa afonia”, informa Hugo.

Para evitar prejuízos à saúde da voz, a ABLV e ABORL-CCF dão algumas dicas:
 

– Beba água constantemente para manter a laringe hidratada;

– Evite cigarro. A fumaça atinge as cordas vocais, causando ressecamento e irritação.

– Evite ingerir álcool em excesso, pois desidrata as cordas vocais;

– Evite falar em locais com som muito intenso. Sem perceber, haverá exaltação do tom de voz.

– Respire pelo nariz. Puxar o ar pela boca deixa a garganta mais ressecada. Já respirar pelo nariz filtra e aquece mais o ar inalado.
 

Cuidados com a audição

Além da voz, a folia nos bloquinhos de rua, na escola de samba ou nos bailes em espaço fechado, se torna um ambiente perfeito para que os ouvidos fiquem expostos à música em volume muito alto.

O ouvido humano suporta um volume de 85 decibéis, por oito horas. Acima desse nível, qualquer situação pode ser prejudicial à audição e os efeitos negativos vão depender do tempo e da periodicidade desta exposição.

“Estar muito próximo das caixas de som em trios elétricos, por exemplo, pode desencadear sintomas temporários ou permanentes, que vão variar de acordo com o nível da lesão. E os primeiros indícios de que a audição foi afetada são a sensação de ouvido tapado, zumbidos e a dificuldade para ouvir”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Otologia, Arthur Menino Castilho, membro da ABORL-CCF.
 

Em situações de sobrecarga sonora, as células da parte interna do ouvido podem ser danificadas, levando a um trauma acústico. Uma das principais causas da deficiência auditiva é a Perda Auditiva Induzida por Ruídos (PAIR), por isso é importante tomar muito cuidado, pois o som entra pelo conduto auditivo até chegar à cóclea, onde ficam as células ciliadas, que são receptoras sensoriais do sistema auditivo.

As lesões podem ocorrer em qualquer pessoa exposta ao som muito alto, mas quem possui alguma predisposição genética ou já convive com ruídos contínuos em seus ambientes de trabalho, por exemplo, apresentam maior probabilidade de dano permanente na audição.


Para evitar que a folia afete a saúde auditiva, o especialista da ABORL-CCF recomenda manter distância dos amplificadores de som e do trio elétrico. “Evite ambientes barulhentos e com música muito alta por longo tempo; quanto maior o volume do som, menor deve ser o tempo de contato. E, em caso de exposição excessiva a ruídos muito altos, é importante usar equipamentos de proteção auricular. Além disso, após chegar em casa, também é bom evitar som alto nas próximas horas,” orienta o otorrinolaringologista.

 

Sobre a ABORL-CCF

Com mais de 70 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.500 otorrinolaringologistas em todo o país.


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