Rebeca Andrade, a ginasta de ouro do Brasil
Antes de chegar ao topo da ginástica artística, Rebeca Andrade percorreu um caminho difícil. Para a sorte do Brasil, ela ela nunca desistiu e agora promete trazer várias medalhas de ouro para o país em sua estreia nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago.
A paulista de 24 anos chega à capital chilena como uma das estrelas do evento, com as ausências da americana Simone Biles e da rainha do salto triplo, a venezuelana Yulimar Rojas.
Rebeca vem de conquistar cinco das seis medalhas do Brasil no Mundial de Ginástica Artística da Antuérpia: ouro no salto, superando Biles; prata no individual geral, na competição por equipes e no solo; e bronze na trave de equilíbrio.
“E pode vir mais que eu amo, tá? Eu amo! Vem, vem vem. Muito ouro!”, prometeu.
No Mundial, ela mostrou que seu sucesso durante a pausa de Biles desde os jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, não foi por acaso.
“Temos um sentimento que cresce entre as duas para dar o melhor. Adoro tê-la como competidora. É incrível de ver, será extraordinária”, disse a estrela americana sobre Rebeca.
– Talento incrível –
Mas o caminho para se tornar uma estrela não foi fácil. Nascida em Guarulhos, Rebeca Andrade cresceu em uma casa humilde sustentada sozinha pela mãe, Rosa Santos, empregada doméstica e mãe de oito filhos.
A ginasta de 1,54 metro de altura entrou pela primeira vez em um ginásio aos quatro anos de idade, graças a um projeto social da prefeitura de sua cidade.
“A Rebeca chegou com a tia no ginásio, toda tímida. Quando pedi a ela para dar um salto, logo vi um talento incrível, que precisaria ser lapidado. E foi isso o que fizemos com ela”, lembrou sua então professora, Mônica dos Anjos, em 2021.