RDC espera receber primeiras vacinas contra mpox até próxima semana

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 A República Democrática do Congo (RDC) espera receber suas primeiras doses de uma vacina contra mpox até a próxima semana, após as promessas dos Estados Unidos e do Japão de ajudar a combater um surto, disse o ministro da Saúde congolês nesta segunda-feira (19).

Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox uma emergência de saúde pública global pela segunda vez em dois anos quando um surto na DRC se espalhou para os países vizinhos.

Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o ministro Samuel Roger Kamba Mulamba disse que o Japão e os Estados Unidos se comprometeram a fornecer vacinas ao Congo.

“Acabamos de concluir as discussões com a USAID e o governo dos Estados Unidos. Espero que até a próxima semana possamos ver as vacinas chegarem”, disse ele aos repórteres.

Sua chegada ajudaria a resolver uma enorme desigualdade que deixou os países africanos sem acesso às duas vacinas usadas em um surto global de mpox em 2022, enquanto as vacinas estavam amplamente disponíveis na Europa e nos Estados Unidos.

Mais cedo nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão disse em um comunicado por email à Reuters que estava se preparando para fornecer ao Congo suprimentos de vacinas e agulhas contra a mpox em cooperação com a OMS e outros parceiros.

O ministério pretende “oferecer o máximo de apoio possível”, disse Masano Tsuzuki, chefe da divisão de prevenção e controle de doenças infecciosas.

A empresa com sede no Japão KM Biologics é uma das fabricantes da vacina contra a mpox. A dinamarquesa Bavarian Nordic produz a outra, chamada Jynneos, contra a doença. O governo do Japão possui estoque da vacina da KM Biologics.

Fora de testes clínicos, nenhuma das vacinas foram disponibilizadas no Congo ou ao redor da África, onde por décadas a doença é endêmica.

A mpox, uma infecção viral que gera lesões repletas de pus e sintomas próximos da gripe, é geralmente leve, mas pode matar. Duas variantes estão se espalhando pelo Congo – uma versão endêmica do vírus, clado I, e uma nova variante chamada clado Ib.

O vírus é transmitido por meio de contato físico próximo, inclusive contato sexual, mas, ao contrário de pandemias globais anteriores, como a Covid-19, não há evidências de que ele se espalhe facilmente pelo ar.

* Reportagem de Christy Santhosh em Bengaluru, Rocky Swift em Tóquio, Ange Kasongo e Benoit Nyemba em Kinshasa

* É proibida a reprodução deste conteúdo

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