5 de maio de 2024

Qual será a ação concreta da APP-Sindicato contra mais esse crime cometido pelo governo Ratinho Júnior contra os professores do Paraná?

Por Sebastião Donizete Santarosa

No processo de distribuição de aulas que está acontecendo nas escolas públicas deste ano, a Secretaria de Educação do Paraná impôs como principais critérios de classificação a participação dos professores nos cursos de formação da própria seed e a presença deles na escola. O tempo em que atuam no magistério, o tempo em que atuam na escola e o nível em que se encontram na carreira foram completamente secundarizados, ou seja, a carreira dos professores foi jogada no lixo. E pasmem, o cúmulo do absurdo, professores que foram obrigados a tirar licenças médicas, mesmo sendo de poucos dias, caíram na classificação. Professores em fim de carreira com mais de vinte anos lotados na mesma escola, perderam a classificação para novatos.

Na prática, os professores estão sendo punidos por adoecerem. Isso é criminoso, tem como objetivo constranger o professor a não exercer o sagrado direito de cuidar da própria saúde. O professor se vê obrigado a trabalhar doente para não ser punido! Percebem a gravidade disso? É um grave problema social provocado pela própria secretaria de educação. Imaginem alguém doente ministrando aulas e calculem os riscos a que estamos correndo!

A direção da APP-Sindicato precisa entender que a quarentena da pandemia já acabou. Precisa mobilizar e organizar a categoria novamente, com visitas às escolas, organização de encontros e assembleias presenciais.

A crueldade do modelo de gestão do governo Rato Júnior não tem limites. Temos sofrido horrores no ambiente escolar. E punir professores porque ficaram doentes, certamente em razão das condições laborais, é o cúmulo da insensibilidade e da indecência. Silenciar diante disso, é ser cúmplice da barbárie educacional instalada em nosso estado.

Sebastão Donizete Santarosa, é professor na região metropolitana de Curitiba

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