Putin está firme no poder e tende vencer a guerra, avalia o WSJ

O fracasso da contraofensiva ucraniana e o conflito armado no Oriente Médio favorecem Vladimir Putin, de acordo com o podcast do vetusto diário britânico The Guardian

Presidente da Rússia, Vladimir Putin resistiu aos “melhores” esforços do Ocidente para “reverter a invasão da Ucrânia”, e a sua posição no poder é firme. É o que afirma o jornal norte-americano The Wall Street Journal, de domingo. O diário também sugere que os EUA e seus aliados devem buscar uma nova estratégia: a contenção.

A publicação reforça que “a tão esperada contraofensiva” ucraniana não conseguiu o avanço que daria a Kiev uma mão forte para negociar algum tipo de acordo. O texto aponta, ainda, que a turbulência no Oriente Médio domina as manchetes e que o apoio bipartidário à Ucrânia nos EUA foi anulado pela polarização e pela “disfunção no Congresso, para não mencionar as (supostas) tendências pró-Putin do favorito presidencial republicano, Donald Trump”.

Tempo

O fracasso da contraofensiva ucraniana e o conflito armado no Oriente Médio favorecem Vladimir Putin, de acordo com o podcast do vetusto diário britânico The Guardian.

“Com a atenção mundial concentrada na guerra no Oriente Médio, Vladimir Putin está em vantagem na Ucrânia. O tempo está do lado dele”, afirmou o jornalista do The Guardian Luke Harding.

Além disso, a provável eleição de Donald Trump a presidente dos EUA pode favorecer a Rússia porque o político norte-americano não está interessado em fornecer ajuda militar à Ucrânia.

Apoio militar

No ano passado, ainda havia a esperança de que as Forças Armadas ucranianas, com o apoio militar do Ocidente, “reconquistassem” seus territórios no verão europeu, mas eles perderam cerca de 20% de seus equipamentos nas duas primeiras semanas, “e hoje a atenção da comunidade internacional está concentrada no Oriente Médio”, acrescentou o jornalista.

Luke Harding, que já esteve na Ucrânia, resumiu que a situação no país é terrível e quase não há pessoas que não tenham perdido alguém próximo no front.

Anteriormente, o comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, afirmou à revista britânica The Economist que as Forças Armadas ucranianas estão em um beco sem saída — “muito provavelmente não haverá um avanço profundo e bonito”, concluiu.


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