9 de maio de 2024

Prorrogação de contrato com empresas inadimplentes acirra tensões na Educação da Bahia

Na sexta-feira, 5 de abril, o SINTRAL Bahia, sindicato que representa os terceirizados de Salvador (BA), liderou um protesto na rodoviária da capital, marcado pela crescente insatisfação com a prorrogação dos contratos do Governo do Estado da Bahia com as empresas Confiança e CSH, apesar dos contínuos atrasos salariais e descumprimento de benefícios com trabalhadores da Educação do estado.

Mauricio Roxo, presidente do SINTRAL Bahia, criticou a decisão de renovar o vínculo com as empresas. “A prorrogação deste contrato, mesmo diante de todas as falhas e atrasos, é uma prova da cumplicidade do governo com a ilegalidade. Estamos falando de vidas afetadas, direitos ignorados e um descaso absoluto com os trabalhadores terceirizados do setor educacional”, enfatizou Roxo.

Contexto dos atrasos

Os problemas começaram no início de 2024, quando a Secretaria de Educação da Bahia contratou as empresas CSH e Confiança para serviços nas escolas estaduais. Desde então, relatos de atrasos salariais, bem como o pagamento parcial de benefícios, têm sido constantes. “Muitos não tem dinheiro nem para pegar condução para cumprir seus deveres, diante de tantos atrasos de pagamentos”, explicou o dirigente sindical.

Mesmo após um acordo, mediado pela Secretaria de Educação, Adelia Pinheiro, prometendo a regularização dos débitos, a realidade dos funcionários não mudou. A ineficácia das medidas tomadas até agora levou a uma nova onda de protestos, evidenciando a frustração e a insatisfação dos trabalhadores afetados.

O sindicato afirma que tem dado suporte para os trabalhadores, organizando manifestações e buscando diálogo com as autoridades responsáveis. No entanto, a falta de ação concreta por parte do governo estadual e das empresas contratadas tem exacerbado a situação, deixando claro que a luta dos trabalhadores por seus direitos fundamentais está longe de acabar. “Nem no período eleitoral se preocupam com a categoria, é inacreditável a falta de compromisso e de palavra. A secretária Adélia nos abandonou, depois de se comprometer em resolver a situação”, alegou Roxo.