11 de maio de 2024

Projeto vai doar 100 próteses de mãos; quatro pessoas da região já receberam

Paulo Sérgio de Aguiar recebeu uma das próteses

Fruto de uma parceria entre a Associação Norte Paranaense de Reabilitação de Maringá (ANPR), a organização não governamental americana LN4 e os Distritos 4630 (Maringá Parque do Ingá) e 4710 (Londrina-Sudeste) de Rotary Internacional, o projeto Mãos Solidárias recebeu, na primeira semana de setembro, próteses de mãos para serem doadas a pessoas de Maringá e outros municípios brasileiros. A distribuição de cem próteses será feita pelos Rotarys Clubs do Brasil cadastrados no site do projeto.

Na região, quem coordena e operacionaliza o trabalho é o Rotary Club de Maringá Parque do Ingá, por meio da empresa Global Assessoria em Comércio Exterior. Contribuem com a ação a Secretaria da Saúde de Maringá, a Secretaria da Pessoa com Deficiência e o Hospital de Reabilitação do Paraná Ana Carolina Moura Xavier, de Curitiba.

Segundo a rotariana do Rotary Club de Maringá Parque do Ingá e coordenadora do Programa Mobilidade para Todos, Renata Mestriner Krambeck, cerca de 20 próteses serão entregues nas primeiras semanas de setembro. Em entrega realizada em Maringá, quatro pessoas, sendo uma de Paiçandu e outra de Campo Mourão, já receberam o dispositivo de apoio. Beneficiários de Jandaia de Sul receberam duas próteses na última semana.

Morador de Paiçandu, Paulo Sérgio de Aguiar, que trabalha em um colégio de Maringá, é um dos beneficiados com a prótese. Ele sofreu um acidente de moto há sete anos e precisou amputar a mão direita. “Estou me adaptando com a mão protética, já utilizando para fazer refeições”.

Acesso

Para se candidatar às doações é preciso realizar cadastro no site www.mobilidadeparatodos.org/maos-solidarias/, com a ajuda de um rotariano, independente da localidade, pois a prótese poderá ser enviada pelos Correios e entregue pelo rotariano responsável pela inscrição. Os interessados podem procurar rotarianos de suas regiões, pois será um programa implementado em território nacional.

O beneficiário precisa ter pelo menos 14 centímetros de coto (distância entre o cotovelo e o final do braço) para que a prótese possa ser encaixada. Não há custo. “É um projeto que nasceu agora e possui um público que estamos descobrindo. A maioria dos beneficiários sofreu amputações devido a acidentes de trabalho, choque elétrico ou acidentes automobilísticos. Há também pessoas que nasceram com agenesia de membros e estão demonstrando interesse em conhecer o dispositivo”, comenta Renata.

Depois das cem primeiras próteses, novos dispositivos serão enviados para o programa local conforme a demanda. O programa de distribuição de próteses de mãos foi idealizado há mais de um ano a partir de uma iniciativa de rotarianos do México. “É gratificante realizar esse trabalho de conexão entre pessoas que necessitam e empresa doadora. Por ser um produto vindo dos Estados Unidos, da organização LN4, o trabalho de importação é burocrático e demorado. Essa primeira importação vem sendo tratada desde janeiro e se concretizou somente em setembro. Mas a pretensão é fazer um projeto permanente”, frisa Renata.