Professores que lecionam em mais de um colégio no Paraná, são prejudicados pela grade curricular

Desde o início do ano, os professores do Paraná têm reclamado e postado as suas queixas nas redes sociais. A maioria, reclama da falta de estabilidade nas vagas em que estão ocupando, são contratados pelo Processo Seletivo Simplificado e quando um professor QPM (do Quadro Próprio do Magistério), volta para a vaga em que estava afastado, o PSS perde sua vaga, já que é provisório.


Com a intenção de manter o trabalho escravo e com planos de privatizar o setor da educação, os integrantes dos núcleos de governos de extrema direita e que, nos últimos 12 anos, ocuparam a função máxima no estado, se furtaram da obrigação em fazer o tão desejado concurso público para a função de professor. Tal fato se da com a finalidade de preencher as vagas que ficaram ociosas durante esse tempo.

Na verdade, o que esse pessoal deseja é a privatização do serviço da educação, conforme mostrado por esse blog, em matérias anteriores, desde o início da gestão passada.


Durante o ano passado, o governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior e o então Secretário da Educação, Renato Feder, iludiram grande parte desses profissionais com uma função gratificada, mas que no período de férias não foram pagas, já que foram descontados alguns benefícios.

A atitude do governador trouxe revolta e descontentamento para os contratados do Processos Seletivos Simplificados, que viram o seu salário encolher e a grana que receberiam como o vale transporte de R$ 800,00 também não foram pagos totalmente.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), que vem avançando nos bolsos dos servidores do Paraná, é um dos defensores do estado mínimo e que acredita que a educação e o aumento de salários só oneram o estado.

Da mesma forma que ele vem tratando a educação pública, da mesma forma tenta implantar novamente as praças de pedágios para arrancar uma grana de todos os paranaenses que viaja pelo brasil, a turismo ou a trabalho. Na concepção desse povo, a população é obrigada a pagar tudo que usa.


O cidadão do Paraná, paga em dia o IPVA, Seguro obrigatório e o licenciamento, mas não volta esses valores para a setor. Nas prestações de contas, essa verba é investida em outros setores.

Da mesma forma, o dinheiro em que os funcionários públicos e os professores, recolhiam para um instituto privado foram usados nas reformas de estradas pelo Paraná. Como concordar com essa pratica?

Mas o que anda preocupando os professores que trabalham em período integral, é o aumento de mais uma aula, prejudicando o horário do almoço dos professores o tempo é curto, restando muitas vezes 30 minutos para almoçar e se deslocar para outra escola, não é possível. O professor tem que escolher, almoçar ou ir para o contra turno.

Com a pratica adotada pela Secretária de Educação do Paraná, acaba prejudicando os professores, tanto os dos Quadros Próprios do Magistérios, como os dos Processos Seletivos Simplificados.


Numa conversa com um professor que pediu o anonimado, ele relatou que o problema é que o órgão governamental havia decidido acabar com a aulas de artes e inserir o componente curricular de pensamento computacional, mas que não foi possível por ser obrigatória por lei. Por conta disso, foi obrigado a acrescentar a grade curricular duas aulas, aumentando o tempo de aula dos 8° e 9 ° Anos, prejudicando os professores e funcionários, já que foi reduzido o período do almoço.

O comando da Secretária de Educação só mostra para todos, como essa gente é despreparada.

Segundo uma professora, “nem a reforma trabalhista foi tão desumana, saímos da escola as 12h30 e as 13 horas, começando o turno em outra escola; com um intervalo para o deslocamento de 30 minutos. Isso sem o direito ao almoço”.

Com a pratica de assédio cada vez mais visível, existe um grupo de professores que estão se reunindo e conversando com os operadores do direito para irem em busca do que está sendo negado para quem está em sala de aula.
Os alunos também serão prejudicados, começaram as atividades mais cedo em todas as escolas estaduais do Paraná. A jornada dos estudantes vai começar as 5 horas da manhã, já estarão nos pontos dos transportes coletivos.
Com as aulas se iniciando mais cedo e a da noite sendo acrescentado mais uma aula, vai ser impossível cumprir a Inter jornada de 11 horas de descanso. A nova grade da Secretária de Educação, acaba ferindo a legislação trabalhista.


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