Presidente do BC mantém dinheiro em offshore e lucra com juros altos, diz PT
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), critico à gestão de Campos Neto, acusa o presidente do BC de ‘manter juros altos para seguir lucrando às custas do Brasil’. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou pressionar o BC, logo nos primeiros dias do novo mandato, para que a autoridade monetária passasse a reduzir a taxa de juros, que à época estava estagnada em 13,75%
Presidente do Banco Central (BC), o economista Roberto Campos Neto, indicado para assumir o posto por Jair Bolsonaro (PL), estaria entre os 62 mil brasileiros que, juntos, detêm R$ 1,5 trilhão em fundos e offshores. Na média, cada um destes teria R$ 24 milhões. Campos Neto esteve à frente da gestão de quatro offshores por 15 meses durante sua presidência no BC: Peacock Asset, COR Asset, ROCN e Darling Corp. Elas estão localizadas nas Bahamas e nas Ilhas Virgens, paraísos fiscais, segundo revelou a revista CartaCapital.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), critico à gestão de Campos Neto, acusa o presidente do BC de ‘manter juros altos para seguir lucrando às custas do Brasil’. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou pressionar o BC, logo nos primeiros dias do novo mandato, para que a autoridade monetária passasse a reduzir a taxa de juros, que à época estava estagnada em 13,75%.
Processo
“Quando questionei se ele tinha fundos exclusivos remunerados pela Selic ou IPCA ele se calou na Câmara. Ali eu já sabia que ele tinha fundos exclusivos, ou seja, suas decisões no BC fazem ele ganhar mais ou menos dinheiro. O cara manteve juros altos para seguir lucrando às custas do Brasil e do povo brasileiro. Inaceitável!”, publicou o parlamentar.
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também protestou em mensagem no X, antigo Twitter: “O curioso caso do presidente banqueiro do BC que tem grana nos fundos exclusivos e offshores e agora vai ser taxado.
“Vai também ter que responder a mais um processo a pedido do companheiro Lindbergh Farias por conflito de interesses”, conclui Hoffmann.