Presidente da Colômbia propõe nova constituição após impasse com o Congresso
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, propôs uma nova constituição para o país após uma série de choques com o Congresso. A proposta, que ainda não foi apresentada formalmente, visa reformar o sistema político e econômico do país.
Petro, que assumiu o cargo em agosto de 2022, tem enfrentado forte oposição do Congresso, controlado pela direita. Os conflitos entre o Executivo e o Legislativo têm paralisado a agenda do governo, incluindo reformas cruciais como a tributária e a de saúde.
A proposta de uma nova constituição é vista como uma tentativa de Petro de romper com o impasse e avançar com sua agenda. A atual constituição, promulgada em 1991, é considerada por muitos como ultrapassada e não mais adequada às necessidades do país.
A proposta de Petro, no entanto, enfrenta forte resistência da oposição, que acusa o presidente de tentar concentrar poder e minar a democracia. Os críticos argumentam que uma nova constituição é desnecessária e que o foco do governo deveria ser na implementação das reformas já aprovadas.
A polêmica em torno da proposta de Petro deve se intensificar nos próximos meses, à medida que o debate sobre a necessidade de uma nova constituição se aprofunda. A decisão final sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte caberá ao Congresso, que deverá analisar a proposta e votar sobre sua aprovação.
Se aprovada, a nova constituição seria a segunda da história da Colômbia desde a independência em 1810. A primeira constituição, promulgada em 1886, foi substituída pela atual em 1991.
Pesquisas de opinião recentes mostram que a população colombiana está dividida sobre a necessidade de uma nova constituição. Uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup em janeiro de 2023 revelou que 45% dos colombianos apoiam a proposta, enquanto 42% são contra.
A proposta de Petro também gerou reações da comunidade internacional. Os Estados Unidos, principal aliado da Colômbia, expressaram preocupação com a possibilidade de uma nova constituição, enquanto a União Europeia disse estar monitorando a situação de perto.
A decisão sobre a convocação ou não de uma Assembleia Constituinte é crucial para o futuro da Colômbia. Se aprovada, a nova constituição poderá remodelar o sistema político e econômico do país, com implicações profundas para a sociedade colombiana.