Posicionamento ICArabe: Todo apoio ao presidente Luís Inácio Lula da Silva
O Instituto de Cultura Árabe (Icarabe) manifesta o seu apoio irrestrito e incondicional ao presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva, alvo de ataques injustificados e inaceitáveis articulados pelo governo israelense, por uma parcela minoritária dos parlamentares brasileiros e por uma “cobertura jornalística” feita por alguns dos maiores veículos de comunicação do país, eivada de desinformação e interpretações falsas, propositalmente equivocadas e maliciosas.
Em pronunciamento feito durante uma coletiva de imprensa concedida em Adis Abeba (Etiópia), no dia 18 de fevereiro, Lula comparou, com grande acerto e precisão, a ação das forças do Estado de Israel em Gaza aos massacres de judeus organizados por Adolf Hitler. Lula, de fato, não disse nada de realmente novo. Ao contrário, suas palavras estavam e estão em consonância com o Despacho de 26 de janeira de 2024 da Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal braço Judiciário das Nações Unidas, que constatou indícios de prática de genocídio por parte das forças israelenses, e determinou uma série de medidas para evitar a matança de civis palestinos, incluindo crianças, mulheres, idosos e feridos.
Nenhuma das medidas preconizadas pela CIJ foi implementada por Israel. Ao contrário, o Estado sionista anuncia sua intenção de prolongar o morticínio e a destruição, com um ataque anunciado à cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, onde estão confinados, em condições absolutamente precárias, mais de um milhão de seres humanos. Mais do que isso, o primeiro ministro Benyamin Netanyahu, em aberto desafio até mesmo ao seu maior e mais entusiasta aliado, o presidente estadunidense Joe Biden, declara-se refratário ao reconhecimento de um futuro Estado palestino. Só promete matança, destruição e mais matança.
Lula expressou na Etiópia uma posição correta, honesta, transparente, verdadeira e solidária para com o povo palestino. O Icarabe, criado em 2004, com o objetivo de integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, e encorajar o reconhecimento de sua participação na sociedade brasileira, marcada pela presença de 15 milhões de descendentes de árabes, não poderia, em hipótese alguma, silenciar ou permanecer indiferente face aos ataques movidos contra o presidente brasileiro.