Papa se reunirá com delegação palestina e parentes de reféns israelenses, dizem fontes

O papa Francisco deve se reunir na próxima semana com parentes de reféns israelenses mantidos por militantes do Hamas e separadamente com uma delegação palestina que inclui algumas pessoas de Gaza, disseram fontes na sexta-feira.

Duas fontes afirmaram à Reuters sobre a visita planejada dos palestinos, depois que a Reuters informou nesta sexta-feira sobre o encontro com os parentes dos reféns. Ambos acontecerão na quarta-feira no Vaticano.

As fontes falaram à Reuters sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a discutir os planos papais.

Uma fonte disse que 12 parentes de reféns israelenses se encontrarão com o papa na manhã de quarta-feira, antes de sua audiência geral semanal.

Segundo essa fonte, eles seriam uma mistura de parentes que se encontraram com líderes italianos no mês passado e outros que não estavam entre o primeiro grupo.

As duas fontes que falaram sobre o encontro com os palestinos disseram ainda não saber quando será realizado na quarta-feira. “Eles ainda estão trabalhando nisso”, declarou uma delas.

Uma das fontes que falou sobre o encontro com os palestinos disse que o papa quer realizar as reuniões como um “gesto humanitário para ouvir as queixas de ambos os lados”.

O número dois do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, disse nesta sexta-feira que a Santa Sé acredita que a libertação dos reféns e um cessar-fogo – que Israel até agora descartou – são dois “pontos fundamentais” para resolver a crise.

Falando aos repórteres à margem de uma conferência em Roma, Parolin disse que o Vaticano está trabalhando em uma reunião entre o papa e os parentes dos reféns, mas não deu prazo.

“Estamos trabalhando nisso e esperamos realizá-lo o mais rápido possível”, afirmou ele.

“A libertação dos reféns é um dos pontos fundamentais para a solução da situação atual, levando em consideração os aspectos humanitários daqueles que estão sendo mantidos – homens, mulheres, crianças, recém-nascidos, mulheres grávidas”, disse Parolin, secretário de Estado do Vaticano.

Cerca de 240 reféns foram levados por homens armados do Hamas quando invadiram o sul de Israel em 7 de outubro.

Francisco fez vários apelos pela libertação deles e por um cessar-fogo.

“O outro (ponto fundamental) é um cessar-fogo, levando em consideração os aspectos humanitários que o acompanham – a chegada de ajuda, a cura dos feridos e outros aspectos”, disse Parolin.


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