Pacto pela diversidade, equidade e inclusão nas empresas estatais federais: um marco importante para o futuro

Foto: José Luiz/Codevasf

No último dia 4 de setembro, um evento significativo foi realizado no auditório da Petrobras em Brasília (DF), onde a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), juntamente com outras 33 empresas públicas e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), formalizou o Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão nas Empresas Estatais Federais. Este pacto representa um passo importante na promoção de um ambiente mais inclusivo e diverso dentro das instituições públicas brasileiras.

A diversidade, equidade e inclusão são temas que têm ganhado cada vez mais destaque na agenda pública e privada. No contexto das estatais federais, a assinatura deste pacto não apenas reafirma o compromisso com esses princípios, mas também reconhece a necessidade de implementar políticas concretas que fomentem a igualdade de oportunidades. A presença de 34 empresas públicas neste pacto ressalta a relevância da colaboração entre diferentes setores e a importância de agir coletivamente.

Durante o evento, Alessandra Cristina Rossin, diretora da Área de Irrigação e Operações da Codevasf, destacou a relevância do recorte de gênero nas políticas de empregabilidade. Alessandra, que faz história como a primeira mulher a assumir a diretoria nessa área, enfatizou o impacto positivo que a inclusão feminina traz não apenas para as empresas, mas também para o desenvolvimento das comunidades onde atuam. “Empregamos mulheres na colheita, nos packing houses, na polinização de algumas culturas, como é o caso do maracujá”, disse Alessandra, sublinhando a importância de criar mecanismos de cooperação para fortalecer políticas públicas que promovam a diversidade.

A inclusão de mulheres em setores tradicionalmente dominados por homens é fundamental, especialmente em áreas como a agricultura e a irrigação, onde, historicamente, a mão de obra feminina tem sido subutilizada. Os projetos públicos que contratam predominantemente mulheres não são apenas benéficos para a economia local, mas também colaboram para a transformação social ao empoderar essa parcela da população.

Ao fomentar a diversidade de gênero, as estatais podem não apenas melhorar sua imagem institucional, mas também aumentar a eficiência e a produtividade. Diversas pesquisas apontam que equipes diversas tendem a ser mais criativas e inovadoras, trazendo novas perspectivas e soluções para os desafios enfrentados pelas instituições públicas.

Estratégias para a Implementação

Para que o Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão se torne efetivo, é crucial que haja um planejamento estratégico. Aqui estão algumas ações que podem ser implementadas:

  1. Formação e Capacitação: Incentivar programas de capacitação voltados para a qualificação de mulheres e grupos minoritários, preparando-os para ocuparem posições nos diversos setores das estatais.
  2. Mecanismos de Monitoramento: Criar indicadores que permitam acompanhar o progresso das políticas de inclusão e diversidade, garantindo que as ações estejam sendo efetivas.
  3. Campanhas de Conscientização: Promover campanhas interne e externas de conscientização sobre a importância da diversidade e da inclusão, sensibilizando todos os colaboradores da empresa.
  4. Parcerias com ONGs e Movimentos Sociais: Estabelecer parcerias com organizações que atuam em prol da equidade de gênero e inclusão de minorias, potencializando os esforços nas diversas áreas de atuação.
  5. Políticas de Zero Tolerância a Discriminação: Implementar políticas claras contra qualquer forma de discriminação e preconceito no ambiente de trabalho.

A assinatura do Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão nas Empresas Estatais Federais é um importante passo rumo à construção de um Brasil mais justo e igualitário. A determinação da Codevasf e das outras instituições participantes reflete um compromisso com a transformação social e econômica do país.

As ações propostas devem ir além do papel e se converter em práticas diárias, influenciando positivamente não apenas a vida dos trabalhadores, mas também das comunidades em que essas empresas estão inseridas. A luta pela diversidade e inclusão é uma responsabilidade coletiva e, a partir deste pacto, as estatais podem se tornar pioneiras nesse movimento, servindo como modelo para o setor privado e para a sociedade como um todo. Em um mundo cada vez mais diverso, é fundamental que as instituições públicas liderem pelo exemplo, promovendo a equidade e a justiça social em suas operações e na comunidade.


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