24 de setembro de 2024

Pacientes cardíacos podem tomar café e vinho? Médico cardiologista explica!

Café e vinho não são tão vilões do coração como se imagina

Quando uma pessoa passa por algum procedimento cardíaco, certamente precisará mudar alguns hábitos, sejam alimentares ou de rotina sedentária. E é aí que surge a dúvida: pacientes cardíacos podem continuar tomando café e vinho? O médico cardiologista Marco Miguita, especialista no assunto, explica que o consumo moderado é permitido, desde que os pacientes não tenham predisposições genéticas para doenças cardiovasculares, no caso do café, e leve em conta fatores como quantidade ingerida, ocorrência de outras doenças e o uso de medicamentos, no caso do vinho.

“O consumo moderado de café e de vinho são permitidos e até recomendados, porque as bebidas têm propriedades importantes para a saúde. No caso do café, os antioxidantes ajudam a preservar os vasos sanguíneos. E no caso do vinho, uma dose moderada ajuda a prevenir doenças cardíacas”, ressalta o médico especialista. Marco Miguita explica que, antes de tudo, é preciso realizar exames, checar a saúde e consultar a recomendação do médico da família. “Não se pode sair por aí tomando café e vinho sem a avaliação do profissional, sem a pessoa saber como está a própria saúde”, diz.

O médico aponta que, no caso do café, os grãos impedem uma ação nociva de radicais livres e ajudam a proteger as células do coração. “Consumir moderadamente e associar esse consumo a um estilo de vida saudável contribui para reduzir os riscos de doenças cardíacas como insuficiência do coração, doença coronariana e acidente vascular cerebral (AVC)”, observa. Além disso, é possível observar que o café ajuda a reduzir a pressão arterial e a melhoras as funções dos vasos sanguíneos e a circulação. “O café tem magnésio, potássio e ácidos clorogênicos.”

Já o vinho, de modo particular o tino seco, tem propriedades que ajudam na redução das lipoproteínas de alta densidade, que são o colesterol LDL, e aumentam o colesterol de baixa densidade, que é o HDL. “O vinho tem antioxidantes e flavonoides que, se ingeridas no consumo moderado da bebida, contribuem para a saúde. Entretanto, o álcool pode ser prejudicial para outras doenças, por isso, a importância de se consultar e realizar os exames antes de ingerir a bebida”, alerta o cardiologista.

Marco Miguita pondera ainda que consumir vinho não está liberado para mulheres grávidas, pacientes com diabetes e pessoas que tomam medicamentos para pressão arterial. “Antes de tudo, é preciso investigar o histórico familiar e checar se a saúde está em dia, para poder consumir vinho moderadamente”, avalia o especialista.

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