Outubro Rosa: tecnologia na detecção precoce do Câncer de Mama eleva chances de cura para 98%

O câncer de mama continua a ser uma preocupação significativa para as mulheres em todo o mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para 2024 é de que 74 mil novos casos sejam diagnosticados. Apesar do temor que a doença provoca, esse diagnóstico não representa necessariamente uma sentença de morte. A detecção precoce, aliada à tecnologia avançada de exames de imagem, pode elevar as chances de cura para até 98%.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica orienta que mulheres a partir dos 40 anos realizem mamografias anualmente, exame considerado essencial na identificação de tumores ainda em fase inicial. Essa prática tem se mostrado crucial para salvar vidas, já que os tratamentos são mais eficazes quando a doença é detectada precocemente.

No entanto, a recomendação pode ser ainda mais rigorosa em casos específicos. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, ou que percebam qualquer alteração nas mamas, devem buscar orientação médica imediatamente, mesmo antes dos 40 anos. As mamas densas, uma característica comum em mulheres mais jovens, podem dificultar a detecção de tumores por meio da mamografia tradicional. Nesses casos, a mamografia 3D surge como uma ferramenta valiosa, aumentando a precisão do diagnóstico em até 32% em relação ao método convencional.

A precisão trazida pelos avanços na tecnologia médica não apenas facilita o diagnóstico, mas também impacta diretamente nas chances de sobrevivência. O uso de mamografias 3D, ressonâncias magnéticas e ultrassonografias como ferramentas complementares nos casos mais complexos tem se tornado cada vez mais comum, ajudando a reduzir a mortalidade. Durante o Outubro Rosa, a campanha de conscientização para a importância da detecção precoce ganha força, mas a realidade é que os cuidados devem ser constantes ao longo de todo o ano.

A conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce é fundamental, mas ainda há desafios a serem enfrentados, como o acesso à tecnologia de ponta em regiões mais afastadas e o preconceito que muitas mulheres ainda têm com relação aos exames de mamografia. Especialistas destacam que o tabu em torno do exame, somado ao medo do diagnóstico, pode levar ao adiamento de consultas cruciais.

Por outro lado, a ampla divulgação das vantagens da mamografia 3D e de outros métodos mais modernos pode ser um estímulo para que mais mulheres busquem esses exames, principalmente aquelas que estão em grupos de risco. O objetivo é claro: vencer o câncer de mama por meio da informação, prevenção e do acesso a tratamentos eficazes.


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