Ofereça uma boa bolsa-auxílio aos estagiários
Essa prática faz a diferença para atrair os melhores candidatos do mercado
Uma empresa pode possuir políticas de gestão de recursos humanos altamente eficazes e abrangentes, oferecendo uma ampla gama de benefícios aos colaboradores. No entanto, o valor da remuneração sempre emerge como um fator crítico a ser avaliado. Há algum limite estabelecido por lei? Uma referência padrão? Entenda tudo sobre este tema.
O ingresso na universidade, a busca por uma pós-graduação ou curso técnico são objetivos frequentes entre os jovens. Além da aspiração pela obtenção do diploma, há uma crescente demanda no mercado de trabalho por graduados, como evidenciado por uma pesquisa do IDados com base nos dados da Pnad do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Segundo o Censo da Educação Superior, realizado pelo Inep/MEC, 70,3% das inscrições em instituições de ensino superior estão na rede privada. Portanto, a possibilidade de os estudantes precisarem arcar com custos educacionais é considerável. Assim, além de investigar sobre o curso desejado, é fundamental priorizar a construção de uma reserva financeira.
Como determinar o valor da bolsa-auxílio?
Quando se trata de disponibilizar uma posição de estágio, muitos empreendedores enfrentam o dilema: como determinar o valor da bolsa-auxílio? Não existe um patamar mínimo estabelecido por regulamentação. No entanto, oferecer uma quantia competitiva é vantajoso tanto para a empresa quanto para os estudantes. As organizações desempenham um papel chave ao atrair os alunos e incentivá-los financeiramente a prosseguir com seus estudos e adquirir experiência profissional.
De acordo com a gerente regional do Nube, Darlene Carvalho, essa prática atrai candidatos mais qualificados para a vaga e diminui a rotatividade na equipe. “Os universitários, em sua grande maioria, dependem desse dinheiro. Oferecer um número compatível ou superior à média do mercado, além de garantir a formação de um futuro profissional para a companhia, também fomentará e contribuirá para a educação no Brasil”.
Para ajudar quem tem dúvidas de como chegar a um bom valor, Darlene aconselha: “uma das questões é avaliar a quantidade de vagas disponíveis para o curso solicitado. Se a disputa for grande, a bolsa-auxílio será um diferencial para largar na frente da concorrência. Além disso, benefícios como vale refeição, horário flexível, assistência médica, entre outros, são determinantes”.
A importância da assistência financeira
A presença de um membro da equipe com dificuldades financeiras pode causar contratempos para o negócio. Logo, o RH desempenha um papel crucial nesse sentido. Assim, orientações sobre o uso eficaz desses recursos podem facilitar a vida pessoal do estudante e, por consequência, melhorar os resultados da organização.
Para destacar a relevância desse tema, a Associação Brasileira de Educadores Financeiros – Abefin conduziu um estudo sobre a saúde financeira dos brasileiros. De acordo com o levantamento, apenas 16% dos colaboradores conseguem quitar suas despesas mensais com a renda disponível e planejam seus gastos com antecedência.
Por outro lado, 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades monetárias, sofrem perdas ou possuem baixa compreensão sobre o assunto. Isso se traduz em endividamento e, consequentemente, quanto mais complexo for o problema, menor será o rendimento laboral do indivíduo. Entre os desdobramentos decorrentes dessa situação, estão:
- Redução na eficiência
- Impacto direto no clima organizacional e nas relações interpessoais
- Aumento nos índices de absenteísmo, devido à falta de motivação e até mesmo doenças emocionais
- Elevação do turnover, acarretando em custos com rescisões, treinamentos, contratação, entre outros.
Portanto, as lideranças precisam desenvolver medidas como planos de carreira, políticas de remuneração transparentes, oportunidades de crescimento, além de programas de conscientização. Nesse sentido, é essencial um sistema bem estruturado com o objetivo de orientar o time sobre como modificar seus comportamentos. Dadas as vantagens de não estabelecer um vínculo empregatício, como a isenção de FGTS, INSS, 13º salário e 1/3 sobre férias, é possível compensar em outros aspectos para conquistar os melhores talentos.