O uso de fake news por agentes políticos eleitos é uma ameaça à democracia
Por Arilson Chiorato
As fake news, ou notícias falsas, são um fenômeno crescente na era digital, que tem um impacto significativo na democracia e na sociedade. Essas informações enganosas são criadas e disseminadas com o objetivo de influenciar a opinião pública, manipular eleições, gerar polarização e, em última instância, minar a confiança nas instituições democráticas. O impacto das fake news na democracia é profundo e multifacetado.
Quando essas táticas são empregadas por indivíduos que ocupam cargos públicos, os danos podem ser ainda mais significativos.
Uma das principais razões pelas quais alguns agentes políticos eleitos recorrem às fake news é o desejo de consolidar e manter o poder. Eles reconhecem que informações falsas podem ser utilizadas para influenciar a opinião pública, criar divisões e polarizações, minar a confiança nas instituições democráticas e prejudicar adversários políticos. Isso pode ser especialmente prejudicial em democracias frágeis ou em desenvolvimento, onde a desinformação pode minar a integridade do processo eleitoral e corroer os alicerces da governança democrática.
É importante destacar que o uso de fake news por agentes políticos eleitos não apenas mina a confiança nas instituições democráticas, mas também prejudica a capacidade dos cidadãos de tomar decisões com base em informações sérias. Quando as pessoas são inundadas com informações falsas, é difícil discernir a verdade da mentira. Isso compromete a capacidade da sociedade de debater questões importantes, uma vez que não conhecem os fatos.
Além disso, o uso de fake news por agentes políticos eleitos também pode ter consequências graves para a coesão social. A disseminação de informações falsas muitas vezes amplifica divisões existentes na sociedade, criando um ambiente de desconfiança e hostilidade entre grupos diferentes, levando a tensões sociais, protestos e até mesmo conflitos.
Para combater eficazmente o uso de fake news por agentes políticos eleitos, é fundamental que a sociedade esteja ciente desse problema e promova a educação midiática, incentivando as pessoas a verificar informações antes de acreditar e compartilhar. Além disso, as instituições democráticas devem trabalhar para garantir a transparência e a responsabilidade na política. Já as plataformas de mídia social também desempenham um papel crucial na identificação e disseminação de informações falsas.
Na semana passada assistimos um deputado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), durante uso da tribuna, disseminar fake News. Porém, diferente da indústria do ódio, da mentira, desmascaramos a tentativa de manipulação da verdade. De imediato, precisei explicar a diferença entre corte e contingenciamento e, como legislador, assim como ele, tive que lembrá-lo que o orçamento executado hoje foi deixado pelo ex-presidente.
O uso de fake news por agentes políticos eleitos é uma ameaça à democracia e à integridade do processo político. A sociedade como um todo tem a responsabilidade de se defender contra essas táticas, promovendo um ambiente de informação honesta e precisa, exigindo responsabilidade daqueles que foram eleitos para representar os interesses do povo.
Não vamos nos calar diante de nenhum desses ataques covardes. A verdade e amor venceram no nosso país.
Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT-PR