O papel de uma metodologia focada na autonomia dos alunos

Gabriel, ao lado do protótipo da lixeira autônoma.

Oficinas de Aprendizagem, equipes de robótica, entre outras atividades dos Colégios Sesi, auxiliam no desenvolvimento de habilidades e competências

Um dos pilares da metodologia de ensino dos Colégios Sesi é o protagonismo dos estudantes. As Oficinas de Aprendizagem estimulam os alunos a desenvolverem habilidades e competências que são necessárias no mercado de trabalho, seja como colaborador de uma empresa ou como empreendedor, por meio da interação com os colegas e com o ambiente em que vivem, pesquisando e resolvendo situações problemas em equipe.

Além disso, a metodologia auxilia no crescimento pessoal, de acordo com a analista de projetos, Jaqueline Kurzydlowski. Em 2016, ela concluiu o Ensino Médio no Colégio Sesi da Indústria de Irati e, hoje, é engenheira mecânica, com duas pós-graduações em andamento.

“Com certeza, a metodologia do Colégio Sesi me ajudou a crescer como pessoa e profissionalmente também. Eu me desenvolvi como líder, porque sempre organizava a equipe para resolução de problemas e trabalhos. Além disso, trabalhar em equipe ensina a ter flexibilidade em lidar com diversas personalidades”, aponta Jaqueline.

Já Gabriel Diogo Popoaski, 18 anos, também egresso do Colégio Sesi da Indústria de Irati, conta que, durante o Ensino Médio, viu em um objeto simples a possibilidade de desenvolver um projeto na área de automação: transformou uma simples lixeira em uma lixeira autônoma. “O protótipo foi feito com os kits de robótica LEGO® MINDSTORMS® EV3, disponíveis no Colégio Sesi. Quando comecei a dar acabamento no projeto, utilizei a plataforma Arduino”, diz.

O projeto foi apresentado em eventos de tecnologia e empreendedorismo em Irati e região. Entre eles, o Co.Necta Rocket, evento que reúne empresários em busca de ideias inovadoras.

Mas este não foi o único projeto com o qual Gabriel se envolveu ao longo do Ensino Médio no Colégio Sesi da Indústria. A Strong Brain, equipe de robótica da qual foi membro, desenvolveu um projeto social para ser aplicado dentro das unidades prisionais. “Notamos que algumas unidades prisionais estavam com grande quantidade de ácaros e bactérias, causando problemas pulmonares nas pessoas presas e nos agentes prisionais. Então, nós desenvolvemos um projeto de automação para fazer a limpeza desses ambientes com luz ultravioleta”, comenta.

“Sempre gostei bastante da área de tecnologia e isso me motivou a participar da equipe de robótica do Colégio Sesi e a desenvolver esses projetos.”

Hoje, Gabriel cursa duas faculdades: Filosofia e História. Porém, mesmo na área de Humanas, está desenvolvendo o projeto de uma plataforma de pesquisa científica para a região dos Campos Gerais. “Participar da equipe de robótica do Sesi foi uma coisa muito diferente. Nunca tinha passado por uma experiência parecida, então me ensinou muito e abriu muitas portas para mim. Foi a partir da equipe de robótica e da metodologia do Sesi que eu tive essas oportunidades de desenvolver projetos e apresentá-los em vários lugares”, afirma.


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