O impacto do Plano Safra no agronegócio e no setor de consórcios
Eyji Cavalcante
Em um momento de evidência mundial, o setor do agronegócio brasileiro acaba de receber mais um impulso para buscar crescimento: o anúncio do maior Plano Safra da história, com recursos de R$364,22 bilhões, e que tem como principal objetivo apoiar a produção da agricultura e da pecuária no Brasil.
Com foco no desenvolvimento do setor e no fortalecimento dos sistemas de produção sustentáveis, essa iniciativa do Governo Federal vai ao encontro da previsão de novo recorde em 2023, para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve totalizar 305,4 milhões de toneladas até o final do ano, com uma área a ser colhida de 76,6 milhões de hectares.
A partir de números tão positivos e expressivos, como os citados acima, vários segmentos ligados ao agronegócio, como o de consórcio de veículos pesados, que inclui máquinas e implementos agrícolas, já verificam o impacto do aumento das vendas e do investimento em suas operações. Por se tratar de uma forma mais simples e econômica para a aquisição de bens e serviços, o produtor tem cada vez mais investido no consórcio, que oferece prazos mais flexíveis, datas de pagamentos adequados, linha de crédito sempre disponível, entre outros benefícios e facilidades.
Segundo uma recente pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), divulgada em junho deste ano, somente as adesões ao consórcio de máquinas e implementos agrícolas cresceram mais de 350% em cinco anos. Ao contribuir para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil, os consórcios injetaram potencialmente quase R$ 12 bilhões de 2019 a 2023. Ainda segundo a entidade, de janeiro a maio deste ano, o segmento de veículos pesados apresentou resultados positivos em créditos comercializados e contemplações, com aumentos de 15% e 22,8%, respectivamente.
E os pontos positivos deste crescimento não param por aí. A compra de equipamentos e serviços aumentam a produtividade e reduzem as despesas com produção. E é a partir da modalidade que os empresários do setor agrícola podem ter acesso a equipamentos sofisticados, que possuem valores elevados, por conta da alta tecnologia embarcada.
Diante de tantas razões e resultados otimistas, fica mais do que evidente que a partir do investimento do governo e das facilidades oferecidas pelo consórcio, quem ganha realmente é o produtor, que pode investir no segmento considerado um dos mais importantes da economia brasileira, ampliando assim ainda mais a visibilidade e o reconhecimento do país como celeiro do mundo e um dos maiores exportadores globais.
Por Eyji Cavalcante, gerente comercial do Consórcio New Holland, administrado pela Ademicon