O Governo Ratinho Junior e a precarização do trabalho docente: um ataque à educação pública

O governo de Ratinho Junior no Paraná tem se caracterizado por uma série de medidas que, sob o pretexto de “modernização”, visam a precarização das condições de trabalho dos professores, o aumento da carga horária, a retirada de direitos, a redução salarial e, em última análise, a promoção de um desmonte pedagógico que compromete a qualidade da educação pública no estado.

A primeira ofensiva contra a classe docente se dá através da intensificação da carga horária. O governo tem promovido a ampliação da jornada de trabalho dos professores, forçando-os a assumirem mais aulas e responsabilidades sem o devido reconhecimento salarial. Essa medida, além de sobrecarregar os profissionais, impede que eles dediquem tempo à preparação de aulas, à pesquisa e ao desenvolvimento profissional, elementos essenciais para uma educação de qualidade.

Em paralelo, o governo tem realizado cortes salariais e a retirada de direitos conquistados ao longo de décadas de luta. O congelamento de salários, a redução do piso salarial e a eliminação de benefícios como auxílio-alimentação e vale-transporte impactam diretamente a qualidade de vida dos professores e, consequentemente, sua capacidade de se dedicar à profissão.

A reestruturação do plano de carreira, proposta pelo governo, também tem gerado grande controvérsia. A promessa de “modernização” da carreira docente esconde uma redução de direitos e um sistema meritocrático que pode levar à desvalorização e à fragmentação da categoria. O plano, que visa a promover uma “competição” entre os profissionais, desconsidera a importância da experiência e da formação continuada para a construção de uma carreira docente sólida.

Além da precarização do trabalho, o governo Ratinho Junior tem promovido um desmonte pedagógico, com impactos diretos na qualidade do ensino público. A implantação do currículo em espiral e a redução do tempo dedicado à formação continuada dos professores são exemplos de medidas que fragilizam o processo de aprendizagem e limitam a autonomia pedagógica dos docentes.

O desmonte pedagógico se evidencia também na redução do investimento em infraestrutura e recursos para as escolas, comprometendo as condições de trabalho dos professores e a qualidade do ensino. A falta de materiais didáticos, laboratórios adequados e espaços para atividades extracurriculares impactam diretamente a experiência dos alunos e a capacidade dos professores de oferecer um ensino de qualidade.

Em suma, as ações do governo Ratinho Junior representam um ataque frontal à educação pública e aos profissionais que dedicam suas vidas a garantir o direito à aprendizagem de qualidade para todas e todos. A precarização das condições de trabalho, a redução de direitos e o desmonte pedagógico são medidas que comprometem a qualidade do ensino e prejudicam o futuro de milhares de estudantes paranaenses. É preciso resistir e lutar por uma educação pública de qualidade, valorizando os profissionais da educação e garantindo condições dignas para o exercício da docência.

É fundamental que a sociedade se mobilize em defesa da educação pública, cobrando do governo ações que promovam a valorização da carreira docente, a garantia de direitos e a implementação de políticas que garantam um ensino de qualidade para todos.


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