20 de setembro de 2024

O avanço do fundamentalismo religioso no Brasil e suas implicações para os direitos das mulheres

O Comitê sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) da ONU expressou preocupação com o avanço do “fundamentalismo religioso” no Brasil, alertando para suas potenciais implicações negativas para os direitos das mulheres. Essa preocupação se justifica pela influência crescente de grupos religiosos conservadores na sociedade brasileira, que têm pressionado por políticas restritivas em relação à saúde reprodutiva feminina, como o acesso ao aborto seguro.

A CEDAW recomenda que o Brasil garanta o acesso adequado de mulheres e meninas a serviços de aborto seguro, de acordo com a legislação nacional, além de aumentar o orçamento do Ministério da Mulher para fortalecer políticas de proteção e promoção dos direitos femininos.

É essencial que o Estado brasileiro garanta a autonomia das mulheres sobre seus próprios corpos e a liberdade de escolha em relação à reprodução, assegurando o acesso a serviços de saúde de qualidade e o respeito à diversidade de crenças e valores. A luta contra o fundamentalismo religioso, que frequentemente se manifesta em discursos de ódio e perseguição, é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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