Novo ataque do Exército de Israel deixa quase 20 mortos em Gaza

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O Exército de Israel atacou, na madrugada deste domingo (18), o norte, centro e sul do enclave palestino de Gaza, deixando cerca de 20 mortos, incluindo crianças, anunciaram fontes palestinas.

O ataque ocorre ao mesmo tempo que o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, se dirige à região para tentar fechar um acordo de cessar-fogo, após meses de negociações.

Os EUA e demais mediadores, Egito e Catar, dizem estar perto do acordo após dois dias de negociações em Doha, com autoridades americanas e israelenses. O Hamas, no entanto, tem mostrado resistência e hoje denunciou novas exigências de Israel.

Pelo menos quatro palestinos morreram no campo norte de Jabalia, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948 para abrigar palestinos deslocados.

Aviões israelenses teriam bombardeado dois apartamentos, informou a agência palestina Wafa, acrescentando que as equipes de resgate procuram vítimas nos escombros.

Mais quatro palestinos morreram na noite de hoje na cidade de Deir el Balah, no centro da Faixa de Gaza, durante ataque a uma casa localizada ao sul da cidade. Uma mulher e uma menina também morreram a leste de Khan Yunis, quando a casa pertencente à família Musbbeh foi bombardeada, segundo fontes palestinas.

A Al Jazeera informou que outras sete pessoas, incluindo três crianças, morreram em um ataque de aviões de guerra israelenses contra uma torre residencial no campo de refugiados de Nuseirat (centro).

De acordo com o Exército, as tropas israelenses da 98ª Divisão continuam a operar tanto em Deir el Balah quanto em Khan Yunis, para eliminar lançadores de foguetes e armamento, incluindo granadas explosivas e Kalasnikovs.

Além disso, em Rafah (sul), comunicado militar divulgado hoje informa ter eliminado cerca de 20 milicianos “acima e no subsolo”.

Durante 317 dias consecutivos, e já ultrapassando as 40 mil mortes, Israel continua a ofensiva na Faixa de Gaza, ignorando o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), que ordenou que evitasse o genocídio em Rafah.

Estima-se que estejam pelo menos 10 mil palestinos desaparecidos e mais de 92.500 feridos.

No total, quase 2,3 milhões de pessoas de toda a Faixa de Gaza foram deslocadas.

As negociações de longa duração foram repetidamente paralisadas na guerra que causou uma catástrofe humanitária.

A proposta atual pede um processo de três fases no qual o Hamas libertaria todos os reféns sequestrados durante seu ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra mais mortal já travada entre israelenses e palestinos.

Em troca, Israel retiraria suas forças de Gaza e libertaria prisioneiros.

Especialistas alertaram sobre a fome e o surto de doenças como a poliomielite.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

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