Nova técnica brasileira de mastopexia multiplanos em L ganha destaque internacional
Os avanços no campo da cirurgia plástica mamária, que tem suas raízes no Brasil, está gerando um interesse global de cirurgiões de diferentes partes do mundo.
O estudo recentemente publicado – na mais importante revista de cirurgia plástica do mundo, a Plastic and Reconstructive Surgery – sobre a técnica de Mastopexia Multiplanos em L, comprovadamente segura e eficaz, trouxe uma revolução para o setor, destacando-se notavelmente das técnicas tradicionais.
Diferentemente das abordagens anteriores, a Mastopexia Multiplanos em L enfoca o tratamento das mamas em camadas distintas , incluindo a pele, o músculo, e a glândula mamária, o que permite um remodelamento mais preciso e personalizado. Além disso, a cicatriz em “L”, com cerca de 4 centímetros, é discreta e oferece uma maior liberdade para as mulheres na escolha de roupas e decotes, sem o constrangimento da marca visível.
A mastopexia em L tem suas origens em pesquisas publicadas em 1924, mas foi o cirurgião plástico paranaense Dr. Adel Bark Jr. quem sistematizou e trouxe à tona uma abordagem completamente diferente, que também permite uma cicatriz em L, destacando-se pela sua abordagem multiplanos.
“Ao separar completamente o envelope cutâneo do tecido mamário e do músculo, tratamos esses componentes de forma independente e completa. Essa técnica “considera e trata a desproporção entre o excesso de pele e tecido mamário, que existe em todas as mamas”, comenta Dr. Adel.
Segundo ele, o que verdadeiramente diferencia esta técnica é sua abordagem holística. Enquanto as técnicas convencionais tratam a pele e o tecido mamário “em bloco”, a abordagem multiplanos reconhece e aborda as nuances individuais de cada paciente. “Mesmo em mamas volumosas e com grande ptose, a técnica multiplanos permite entregar estabilidade e a cicatriz reduzida em L”, destaca Adel, que traz em seu currículo mais de 3,5 mil mastopexias multiplanos em L.
O que dizem os cirurgiões estrangeiros
Este diferencial é que tem chamado a atenção de cirurgiões do Brasil e do mundo todo. Recentemente, foi realizado em Curitiba, mais uma edição do curso “Mastopexia Multiplanos em L”, que reuniu cirurgiões do Peru, Argentina, Colômbia, Espanha e Brasil.
Com a sistematização da técnica, mais de 250 cirurgiões brasileiros e de outros 13 países, já foram treinados em Curitiba e estão aplicando os conceitos para suas pacientes.
Um dos cirurgiões que estiveram no Brasil recentemente, no mês de setembro, para aprender a técnica, Dr. Alfredo Hoyos, disse que o tratamento da mama em camadas distintas está mudando paradigmas neste tipo de procedimento. “Este curso vem para revolucionar a técnica de cirurgia mamária tradicional”, afirmou Hoyos, que é o criador da lipo HD e considerado o maior especialista em contorno corporal do mundo.
Já o cirurgião plástico, Federico Flaherty, da Argentina disse que a técnica se difere não apenas por aumentar, reduzir ou levantar, mas sim posicionar de maneira simétrica a relação entre o torso (abdomen) e a mama.”É uma técnica que prioriza a posição e não só o aumento ou caimento da mama. Ela preza por uma anatomia natural e perfeita”, relata Flaherty .
Dados globais sobre cirurgia de mama
No cenário global, a mamoplastia destaca-se como o procedimento estético mais realizado. Em 2020, foram realizados 1.6 milhões de procedimentos de mamoplastia em todo o mundo, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica.
O Brasil figura como o segundo país no ranking mundial de procedimentos estéticos, com 1.9 milhão de atendimentos ao ano. Desse total, 1.3 milhão são cirurgias, posicionando o país atrás apenas dos Estados Unidos em termos de volume.
Em um cenário onde o Brasil realiza anualmente mais de 100 mil cirurgias para reposicionar os seios, a Mastopexia Multiplanos em L não só coloca o país na vanguarda da cirurgia plástica mamária, mas também promete melhorar a qualidade de vida de inúmeras mulheres.