Minha Casa, Minha Vida impulsiona o uso do concreto em obras habitacionais
O déficit habitacional brasileiro é de cerca de 6 milhões de unidades e a sua redução passa pela retomada e reformulação do programa federal Minha Casa, Minha Vida, MCMV, que prevê produzir 2 milhões de unidades até 2026.
Para que as obras sejam entregues dentro do prazo previsto, o mercado busca por soluções que possam reduzir custos, evitar desperdícios, integrar processos e eliminar etapas e, por consequência, acelerar a construção dos conjuntos habitacionais em todo País.
Os sistemas construtivos que utilizam alvenaria estrutural com blocos de concreto, estes produzidos em fábricas estabelecidas e com selo da qualidade ou paredes de concreto moldadas no local da obra tem ganhado destaque devido à economia, agilidade, competitividade e ao trabalho que a indústria brasileira do cimento tem feito, em parceria com outras entidades da cadeia produtiva, de engajamento e capacitação dos profissionais e empresas da construção civil.
Dentre os benefícios dessas tecnologias está a padronização e velocidade de construção, permitindo às construtoras abraçarem projetos com prazos apertados e alta repetitividade.
Dados da Caixa Econômica Federal mostram que o sistema construtivo que utiliza paredes de concreto moldadas no local da obra tem prevalecido no programa Minha Casa Minha Vida – já chegou a representar mais de 70% das unidades executadas. Hoje estima-se que de cada quatro unidades dos programas habitacionais federais executadas, três utilizam parede de concreto – sendo que a participação em apartamentos é 43% superior à média geral.
Se considerarmos uma unidade habitacional de 45 m², por exemplo, ela chega a consumir um total de 6 toneladas de cimento, enquanto na alvenaria estrutural com blocos de concreto, o consumo é de 4 toneladas, segundo estudos coordenados pela ABCP nos últimos anos.
Projetando a expectativa do governo e a utilização do insumo nas unidades prometidas até 2026, a indústria cimenteira no Brasil deve contar com o aumento de 8 milhões de toneladas — se todas as construções forem de blocos de alvenaria – e de 12 milhões de toneladas de cimento, no caso da utilização de paredes de concreto.
E como a cadeia produtiva da construção civil é, foi e sempre será uma das principais molas propulsoras para o crescimento e desenvolvimento contínuo do Brasil, a indústria do cimento, de materiais e da construção civil, em conjunto, têm trabalhado a pleno vapor para a retomada dos investimentos habitacionais e de infraestrutura.
Sobre a ABCP
A Associação Brasileira de Cimento Portland — ABCP foi fundada em 1936 com o objetivo de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações. É uma entidade sem fins lucrativos, mantida voluntariamente pela indústria brasileira do cimento, que compõe seu quadro de Associados. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em tecnologia do cimento, a entidade tem usado sua expertise para o suporte a grandes obras da engenharia brasileira e para a transferência de tecnologia das mais diversas formas.