Milhões de brasileiros convivem com mau hálito: causas vão além da má higiene bucal e afetam qualidade de vida

Estudo da ABHA revelou que 87% dos brasileiros conhecem alguém que sofre com mau hálito (Foto: Freepik)

O mau hálito, ou halitose, atinge cerca de 50 milhões de brasileiros e é mais do que uma simples questão de higiene bucal. De acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), mais de 90% dos casos têm origem na boca, mas existem causas inesperadas que podem passar despercebidas. Para a maioria das pessoas, a condição prejudica a vida social e até mesmo profissional, impactando a autoestima e a interação pessoal.

A odontopediatra Gabriela Schneider, cofundadora da Carbon Smile, destaca que, além dos fatores já conhecidos, como a má escovação e a saburra lingual, outras causas menos faladas, como infecções respiratórias e dietas radicais, também podem provocar a halitose. Schneider aponta ainda que características anatômicas, como as amígdalas, podem favorecer o problema. “É essencial identificar a origem do mau hálito para um tratamento adequado, já que ele pode afetar a saúde e o bem-estar do paciente de forma significativa”, reforça.

Entre os afetados, 92% acreditam que o mau hálito impacta negativamente a qualidade de vida, trazendo consequências no convívio familiar, afetivo e no ambiente de trabalho. As dificuldades vão desde a insegurança em conversas próximas até problemas para expressar opiniões e se relacionar de forma espontânea.

Especialistas alertam que a identificação das causas do mau hálito é o primeiro passo para uma abordagem eficaz. Isso inclui consultas regulares ao dentista, uma rotina de higiene completa e uma investigação médica em casos mais complexos, como quando o problema persiste mesmo com cuidados bucais adequados. Fatores como sinusites, refluxo gastroesofágico e doenças hepáticas também podem ser responsáveis pelo odor desagradável.

Para melhorar a convivência com o problema, é importante quebrar o tabu e buscar informações. A comunicação aberta sobre a halitose, tanto com profissionais de saúde quanto com pessoas próximas, pode ajudar a reduzir o impacto da condição e favorecer um tratamento mais assertivo e individualizado.


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