Mercado de bebidas não alcoólicas explode e deve dobrar Até 2035

Setor prevê atingir US$ 2,9 trilhões, impulsionado por tendências de saúde e mudanças no comportamento do consumidor.

O mercado global de bebidas não alcoólicas está em franca expansão e deve passar por um crescimento significativo nos próximos anos. Avaliado em US$ 1,3 trilhão em 2023, o setor tem previsão de alcançar a impressionante cifra de US$ 2,9 trilhões até 2035, segundo um estudo recente da Allied Market Research. Esse crescimento, com uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 6,9%, reflete uma mudança profunda nos hábitos de consumo e nas prioridades dos consumidores globais.

A demanda por bebidas que combinam sabor, saúde e bem-estar é um dos principais motores desse crescimento. Cada vez mais, consumidores ao redor do mundo buscam alternativas que não apenas saciem a sede, mas também contribuam para um estilo de vida mais saudável. As bebidas funcionais, que prometem benefícios adicionais à saúde, como melhor digestão, aumento da imunidade e controle de peso, estão se tornando favoritas. Essa tendência é acompanhada de perto pelas gigantes do setor, que têm investido pesado em pesquisa e desenvolvimento para lançar produtos inovadores e atender à crescente demanda por opções mais saudáveis e naturais.

Um fator crucial para o crescimento desse mercado é a mudança no perfil dos consumidores, que agora valorizam mais a transparência e a sustentabilidade dos produtos. A geração Z e os millennials, em particular, estão liderando esse movimento, priorizando produtos que sejam não apenas saborosos, mas também alinhados com valores de sustentabilidade e responsabilidade social. Isso tem forçado grandes marcas a se adaptarem, com investimentos em ingredientes orgânicos, embalagens sustentáveis e práticas de produção que minimizem o impacto ambiental.

Além disso, o mercado está sendo transformado pela inovação tecnológica, com o uso de inteligência artificial e análise de big data para entender melhor as preferências dos consumidores e antecipar tendências. Empresas estão explorando novas formulações e técnicas de processamento que mantêm o sabor e a qualidade enquanto reduzem açúcar e calorias, atendendo às exigências de uma clientela cada vez mais consciente sobre a ingestão de açúcar e calorias.

No entanto, o crescimento do setor não está livre de desafios. A concorrência está cada vez mais acirrada, com um número crescente de startups entrando no mercado e oferecendo alternativas inovadoras. Além disso, o aumento dos custos de matérias-primas e a complexidade das regulamentações internacionais sobre saúde e segurança alimentar impõem obstáculos significativos às empresas, que precisam se adaptar rapidamente para manter suas margens de lucro e competitividade.

Por outro lado, a pandemia de COVID-19 também teve um papel fundamental na aceleração dessas tendências. Durante os períodos de lockdown, muitos consumidores passaram a buscar alternativas mais saudáveis e a experimentar novos produtos, como chás, sucos funcionais e bebidas à base de plantas. O impacto disso foi um aumento na conscientização sobre saúde e bem-estar, que perdura mesmo após o fim das restrições.

À medida que o mercado de bebidas não alcoólicas continua a crescer, a pergunta que fica é: como as empresas vão conseguir se adaptar a um cenário tão dinâmico e competitivo? A resposta, ao que tudo indica, passa pela capacidade de inovação e pela habilidade de entender e antecipar as demandas de um consumidor que está cada vez mais bem informado e exigente.

Com um futuro promissor e um mercado em expansão, a indústria de bebidas não alcoólicas está em uma encruzilhada. A capacidade de inovar e de se adaptar às demandas de consumidores conscientes e preocupados com a saúde e o meio ambiente será crucial para definir quem serão os vencedores nessa nova era do consumo global.