Maringá enfrenta boom imobiliário com quase 10 mil apartamentos em construção

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Maringá vive um verdadeiro boom no setor imobiliário, com impressionantes 9.856 apartamentos em fase de construção, distribuídos por 101 novos prédios na cidade. Segundo a mais recente sondagem do mercado imobiliário, realizada pelo Sinduscon/PR-Noroeste em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), são mais de 1,4 milhão de metros quadrados de novas construções.

O levantamento, que abrange os meses de setembro e outubro, evidencia o crescente apetite por investimentos imobiliários em Maringá, posicionando a cidade como um dos maiores polos de desenvolvimento urbano no interior do Paraná. Especialistas apontam que a expansão pode estar associada à combinação de fatores como o aumento da demanda por moradias em áreas urbanas, as baixas taxas de juros nos últimos anos e o crescimento econômico regional.

Oportunidades e desafios para a cidade

Com uma média de 98 apartamentos por prédio, o volume de obras em andamento não apenas transforma o cenário urbano, mas também gera impactos socioeconômicos consideráveis. A construção de novos edifícios impulsiona setores como comércio e serviços, aumentando as oportunidades de emprego e o consumo local. Porém, o rápido crescimento também desperta preocupações em relação à infraestrutura, especialmente no que diz respeito ao trânsito, saneamento e acesso a serviços essenciais.

Para muitos moradores, o aumento de empreendimentos é visto com entusiasmo, mas há quem questione a capacidade de adaptação do sistema viário e dos serviços públicos a esse aumento populacional. Além disso, especialistas alertam para a necessidade de uma maior fiscalização e planejamento urbano para evitar problemas como a supervalorização imobiliária e a especulação.

Desafios para o mercado e para investidores

A expansão do mercado imobiliário de Maringá traz vantagens, mas os desafios se intensificam na medida em que o setor enfrenta questões como a instabilidade econômica nacional, o aumento das taxas de juros e o custo crescente dos materiais de construção. Em 2023, o mercado já sofreu com altas no preço do cimento e do aço, o que poderia frear o ritmo das obras em 2024 caso as condições econômicas não sejam favoráveis.

Entretanto, investidores ainda mostram confiança no potencial de valorização de Maringá, especialmente pela qualidade de vida e infraestrutura que a cidade oferece. Dados do setor apontam que, além dos 9,8 mil apartamentos em construção, há mais projetos em fase de planejamento, o que indica que o crescimento deve continuar pelo menos nos próximos anos.

Maringá e o impacto da verticalização

O fenômeno da verticalização, embora comum em grandes centros urbanos, é mais recente em cidades como Maringá. Com terrenos limitados e preços elevados, o crescimento em altura se torna a alternativa viável para abrigar uma população que busca morar perto dos principais pontos da cidade. Esse modelo de desenvolvimento, se bem estruturado, pode ajudar a preservar áreas verdes e evitar o avanço desordenado sobre zonas de proteção ambiental.

Contudo, o desafio da cidade agora é assegurar que o rápido crescimento venha acompanhado de políticas públicas que suportem esse avanço urbano, garantindo um futuro sustentável e equilibrado para a população.

Conclusão

O cenário imobiliário de Maringá indica um crescimento pujante e contínuo, reafirmando a cidade como um dos destinos mais atrativos para investimentos no Paraná. A trajetória, no entanto, exigirá soluções inovadoras e uma gestão cuidadosa para evitar que o avanço se transforme em problema para os moradores.


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