Logística para retirada de brasileiros da Faixa de Gaza está pronta
Embaixada do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, já contratou veículos para transportar os cidadãos até o Egito
Está tudo pronto para a repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza e aguardam autorização do governo do Egito para cruzarem a fronteira. Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a embaixada do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, já contratou veículos para o transporte de Gaza até o Egito e o avião presidencial também já se encontra no local de embarque.
Um dos grupos, com 16 brasileiros, está a um quilômetro (km) da fronteira egípcia. O outro, com o mesmo quantitativo de pessoas, a 10 km de distância. “No momento que for confirmada a abertura da passagem, serão rapidamente transportados por veículos já contratados pela Embaixada do Brasil em Ramallah, que vai fazer esse transporte até o ponto da fronteira e, depois, a Embaixada no Cairo tem todo o esquema montado para [finalizar] o transporte”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O avião da Força Aérea Brasileira, cedido pela Presidência da República para a Operação Voltando em Paz, do Governo Federal, já está no Cairo, no Egito, e aguarda a chegada dos brasileiros para embarcá-los de volta ao Brasil.
Operação em Tel Aviv
O Brasil já resgatou 1.135 brasileiros, com voos que saíram de Tel Aviv, em Israel. Desse total, 219 estão no sexto voo realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) que está previsto para chegar na madrugada desta quinta-feira (19/10) ao Brasil.
Outra aeronave está em Roma e vai para Tel Aviv para o resgate de mais brasileiros que estão sendo incluídos na lista de repatriação pelo Itamaraty.
Além dos brasileiros, 15 estrangeiros de países vizinhos devem ser trazidos ao Brasil pela FAB. São bolivianos, paraguaias, argentinos e uruguaios.
Também está na programação dos próximos dias, o embarque de mais uma aeronave para buscar mais brasileiros na região de conflito. “Um KC-30 decola do Rio de Janeiro nos próximos dias com destino a Tel Aviv, um voo direto. A definição nas relações dos dois Ministérios agora é qual o destino no Brasil, para que tenha melhor aproveitamento da capacidade da aeronave”, frisou o comandante da Aeronáutica, brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.
