Itaipu: 50 anos de energia e controvérsias
A Câmara Federal celebrou na quinta-feira (16) os 50 anos da Itaipu Binacional, em sessão especial proposta pela deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). A homenagem à usina, considerada uma das sete maravilhas da engenharia mundial e a segunda maior hidrelétrica do planeta, reacendeu o debate sobre o legado da obra e suas consequências socioambientais.
Criada em 1974, a Itaipu foi um marco na história da integração entre Brasil e Paraguai, impulsionando o desenvolvimento econômico da região. A usina, responsável por gerar cerca de 14% da energia consumida no Brasil, proporcionou um salto na produção industrial e contribuiu para o desenvolvimento de cidades como Foz do Iguaçu.
No entanto, o aniversário da Itaipu também reacende o debate sobre o impacto ambiental da obra. A construção da usina, que inundou uma vasta área de mata nativa, resultou na perda de habitat para diversas espécies da fauna e flora, além de impactar comunidades indígenas da região.
A polêmica sobre o impacto ambiental da Itaipu se intensifica em meio à crescente discussão sobre a transição energética e a busca por fontes de energia renováveis e limpas. A usina, apesar de ser considerada uma fonte de energia limpa em comparação às termoelétricas, enfrenta críticas por sua contribuição para o desmatamento e a perda de biodiversidade.
A sessão especial na Câmara Federal, além de celebrar a história da Itaipu, serviu como palco para a discussão sobre o futuro da usina e o papel da energia hidrelétrica no contexto da crise climática.
Especialistas alertam para a necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento energético, buscando alternativas mais sustentáveis e menos impactantes para o meio ambiente. A Itaipu, símbolo da engenharia brasileira e da integração entre Brasil e Paraguai, se torna, cada vez mais, um exemplo da necessidade de conciliar desenvolvimento com a preservação ambiental.