Israel elimina três importantes líderes da Jihad Islâmica
Após sucesso da “Operação Escudo e Flecha”, grupos terroristas ameaçam vingança e Israel se prepara para possíveis ataques de retaliação
As Forças de Defesa de Israel (IDF) realizaram a “Operação Escudo e Flecha” durante esta madrugada entre segunda (08) e terça-feira (09), por meio de ataques aéreos a uma série de alvos da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza. Como parte do ataque, três altos membros da organização terrorista foram mortos – incluindo o comandante da região norte da Faixa de Gaza, responsável pelo lançamento de mais de uma centena de foguetes à região no mês passado. De acordo com relatórios palestinos, 13 pessoas acabaram morrendo no ataque, e pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.
Além dos três oficiais superiores que foram eliminados, as IDF atacaram 10 locais de produção de armas e instalações militares da Jihad Islâmica. Entre os pontos atacados, estão locais de produção de armas, incluindo oficinas de produção de foguetes em Khan Yunis e um local de produção de componentes de concreto usados para construir túneis terroristas. Além disso, foram atacados 6 complexos militares da Jihad Islâmica, a maioria dos quais utilizados como armazéns de munições e infraestrutura logística da organização.
A chamada “Sala de Operações Conjuntas”, um coletivo de várias facções terroristas palestinas na Faixa de Gaza, diz que Israel e seus líderes vão “pagar o preço” pelos ataques aéreos contra membros seniores da Jihad Islâmica Palestina. Em um breve comunicado, o coletivo, que inclui o Hamas e a Jihad Islâmica, diz que lamenta os 13 palestinos mortos nos ataques.
A IDF afirmou que cerca de 40 aeronaves diferentes participaram da operação, desde a fase de coleta de informações até a fase de execução. Israelenses que residem em áreas a uma distância de até 40 km de Gaza foram instruídos a entrar ou ficar perto de abrigos antiaéreos em meio a temores de ataques de represália.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, celebrou o sucesso das operações israelenses e pediu para que os cidadãos israelenses ouçam atentamente às instruções de segurança do comando da Frente Interna. O ministro da defesa israelense, Yoav Gallant, conversou por telefone com prefeitos e líderes de comunidades no sul de Israel, alertando-os de que devem “estar preparados para qualquer cenário, incluindo uma campanha prolongada com alcance de tiro estendido”, além de reforçar a importância de que os cidadãos sigam as instruções de suas lideranças locais. “As forças de segurança estão preparadas com todos os meios e em todas as frentes”, afirmou.
André Lajst, cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, explica que “nenhum ataque direcionado a Israel, como o lançamento dos foguetes no mês passado, fica sem resposta. Israel precisa defender sua soberania enquanto Estado, principalmente perante a tantas ameaças de grupos terroristas vizinhos – inclusive da Jihad Islâmica – para assim garantir a segurança de seus cidadãos, lidando com terroristas que ameaçam as vidas tanto de israelenses quanto a de palestinos na região de Gaza”.