Inteligência Artificial vira aliada estratégica para estudantes na reta final do Enem
Com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se aproximando, muitos estudantes buscam formas mais eficazes de organizar suas revisões e aprimorar o estudo. Nesse cenário, o uso de ferramentas de Inteligência Artificial, como o ChatGPT, tem ganhado destaque. Apesar de apenas 39,2% dos professores declararem usar IA em sala de aula, segundo pesquisa do Semesp, 74% deles reconhecem seu potencial transformador na educação.
Victor Haony, assessor pedagógico da Mind Makers, plataforma de inovação da SOMOS Educação, destaca a importância de ensinar o uso consciente e responsável dessas tecnologias. “A IA já faz parte da nossa vida cotidiana. Cabe a nós, educadores, orientar os estudantes sobre como utilizá-la de forma a complementar os estudos, sem substituir o esforço necessário”, afirma Haony. Ele acredita que o ChatGPT pode ser um grande aliado para aqueles que estão na fase final de preparação para o Enem.
Haony sugere quatro formas de utilizar a ferramenta para maximizar o aprendizado:
- Resumos personalizados: O ChatGPT pode criar resumos sobre temas específicos com base em textos e materiais que o aluno já tenha. Isso permite que os estudantes economizem tempo na organização de informações e tenham uma visão clara dos tópicos mais importantes.
- Resolução de dúvidas instantânea: Quando surgem dúvidas durante os estudos, o ChatGPT pode ser acionado para fornecer explicações rápidas e objetivas. Dessa forma, o estudante não perde tempo procurando respostas em diversas fontes, tendo um apoio imediato na hora da revisão.
- Simulações de redação: Uma das maiores preocupações dos candidatos ao Enem é a redação. O ChatGPT pode ser usado para simular propostas de temas com base nos temas atuais e históricos que aparecem no exame, além de sugerir argumentos e estruturar esboços para o desenvolvimento do texto.
- Revisões focadas: Ao invés de estudar de forma dispersa, os estudantes podem direcionar o ChatGPT para revisar pontos fracos e áreas específicas em que tenham maior dificuldade. Isso torna a revisão mais eficiente e direcionada.
Uso consciente é essencial
Apesar de sua utilidade, Haony alerta que a Inteligência Artificial deve ser usada de forma consciente. “Essas ferramentas são um complemento, não um atalho”, diz. O grande risco é que alguns estudantes acabem confiando demais na IA e deixem de desenvolver as habilidades críticas necessárias para enfrentar o exame.
O debate sobre o uso da IA na educação tem se intensificado, e a resistência de parte dos professores em implementar essas tecnologias em sala de aula reflete preocupações sobre a dependência excessiva dos alunos. Entretanto, o cenário global aponta para uma tendência de crescimento do uso dessas ferramentas no ambiente escolar, especialmente com a pandemia de Covid-19 acelerando a digitalização do ensino.
A reta final para o Enem é uma fase crucial para os candidatos, e o uso responsável da tecnologia pode representar uma vantagem competitiva. No entanto, o equilíbrio entre o apoio da IA e o estudo tradicional ainda é a chave para o sucesso.