Incêndio em Atenas sem focos ativos, mas com pontos críticos dispersos

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O ministro grego da Crise Climática e Proteção Civil, Vassilis Kikilia, informou nesta terça-feira (13) que o incêndio de grandes proporções, que começou no domingo (11) nos arredores de Atenas, já não tem qualquer frente ativa mas continua com alguns pontos críticos. Uma pessoa morreu e mais de 60 ficaram feridas, incluindo cinco bombeiros.

No terceiro dia de combate às chamas, foi encontrada a primeira vítima em Halandri, perto de Atenas. Trata-se de uma mulher de 60 anos, de origem moldava, cujo corpo foi encontrado em uma fábrica destruída pelas chamas.

Houve ainda o registro de 66 feridos, incluindo cinco bombeiros, neste que já é considerado o pior incêndio florestal do ano na Grécia e que começou perto de Varnava, 40 quilômetros ao norte de Atenas.

Na segunda-feira (12), os ventos fortes e as altas temperaturas levaram as chamas rapidamente para o sul, na direção de capital grega, o que levou à evacuação dos moradores de vários bairros e de três hospitais, por questões de segurança. Mais de 40 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas.

Em declarações à televisão pública ERT, o presidente da Câmara de Halandri, Simos Roussos, afirmou ter visto cerca de dez casas destruídas pelas chamas.

Proteção civil

Com o agravamento da situação, a Grécia ativou ontem o mecanismo de proteção civil da União Europeia. Itália, França, Romênia e República Checa foram alguns dos países que já garantiram o envio de reforços para ajudar no combate às chamas.

Já nesta terça-feira, o ministro para a Crise Climática informou que situação estava mais calma em Atenas.

“Quarenta depois do início do incêndio extremamente perigoso em Varnava, podemos dizer neste momento que não existe nenhuma frente ativa, apenas pontos críticos dispersos”, afirmou Vassilis Kikilias, citado pelo jornal The Guardian.

“Durante estas 40 horas, 702 bombeiros, apoiados por 27 equipes de comandos florestais, 199 veículos e 35 aeronaves (…) combateram o incêndio no nordeste da Ática [região que engloba Atenas] com um esforço sobre-humano”, acrescentou.

O jornal grego Ekathimerini publicou hoje que a diminuição dos ventos fortes nas últimas horas oferece esperança de combate às chamas. No entanto, com uma temperatura de 38 graus Celsius (°C) prevista para Atenas, os bombeiros vão continuar em alerta.

“Há melhorias em toda as frentes”, disse Costas Tsigkas, um dos responsáveis dos bombeiros, à ERT na manhã de hoje. “Mas as condições vão continuar difíceis. Haverá ventos a partir do meio-dia” e “cada hora que passa será mais difícil”, alertou.

Para ajudar a combater um possível agravamento da situação, chega hoje à Grécia o apoio enviado por vários países europeus após o pedido de assistência das autoridades gregas. Em conjunto, França, Itália, República Checa, Romênia, Sérvia e Turquia enviaram mais 300 bombeiros, além de veículos e aeronaves.

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