Número expressivo é resultado da percepção dos usuários em relação à ampla oferta de benefícios, como descontos em tarifas de pedágios e até economia de combustível
Aceitas em 100% dos pedágios brasileiros e em mais de 11 mil pontos urbanos de serviços e consumo em todo o país, as tags eletrônicas se popularizaram no Brasil desde que foram lançadas, no ano 2000, e têm chamado atenção por estarem se destacando no dia a dia de motoristas de empresas – sejam com frotas próprias ou terceirizadas –, agregando uma série de benefícios às operações logísticas do início ao fim da jornada. O segmento empresarial é responsável por 22,2% de todas as tags eletrônicas habilitadas no Brasil, de acordo com levantamento inédito da Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade (Abepam). Atualmente, são mais de 12 milhões de tags em funcionamento no país.
Dentre os diversos benefícios, as tags eletrônicas facilitam o gerenciamento de dados essenciais à gestão dos negócios, destacam-se o acompanhamento de rotas e outras informações relevantes relacionadas a entregas e prazos. “Além de ampliar a visão dos gestores, as tags como meio de pagamento eletrônico proporcionam controle de todos os processos que envolvem o transporte logístico, bem como vantagens de ordem financeira, como descontos em tarifas de pedágio e economia de combustível, no caso de veículos pesados”, afirma Diego Ros Quinto, vice-presidente da Abepam e diretor financeiro da Move Mais. “O uso expressivo das tags nas empresas é reflexo do entendimento desses usuários em relação ao conjunto da oferta de benefícios, que são inúmeros”, explica o executivo.
Tags em frotas: economia de combustível para caminhoneiros
Um dos benefícios do uso de tags em frotas comerciais de veículos pesados, por exemplo, é a economia de combustível pelo fato de os motoristas utilizarem as faixas exclusivas de cobrança automática e não precisarem parar completamente o veículo, encurtando também o tempo de viagem. Com a expansão do novo sistema free flow no Brasil, essa economia se torna ainda mais significativa, pois os veículos sequer precisam reduzir a velocidade de jornada para efetuar o pagamento automático via tag, o que ajuda a otimizar também a vida útil do sistema de freio.
Na prática, comparando as convencionais cabines de pedágio ao sistema free flow, um caminhão pode reduzir os gastos de combustível em até R$ 5 (cerca de 800 mililitros de diesel) por praça de pedágio, apenas por não precisar desacelerar, parar e reacelerar o veículo para retomar a viagem. E essa economia vai muito além dos custos financeiros diretos, pois os motoristas não enfrentam filas nas praças de cobrança, o transporte se torna mais rápido e bem menos nocivo ao meio ambiente. Por enquanto, o sistema free flow está disponível em três pórticos da rodovia Rio-Santos (BR-101), administrada pela CCR-RioSP, nas cidades de Paraty, Mangaratiba e Itaguaí, todas no litoral sul do Rio de Janeiro.
Além da economia de combustível,veículos que utilizam a tag eletrônica têm direito ao Desconto Básico de Tarifa (DBT) de 5%, concedido a qualquer veículo com tag de pagamento instalada que passar em um dos 85 pedágios de diversas rodovias federais (27) e estaduais (58).
Segurança e ampla rede de aceitação das tags como meio de pagamento
A segurança de motoristas e cargas – preocupação recorrente entre a maioria dos caminhoneiros – é outro ponto importante proporcionado pelo uso de tags. Isso porque facilita o cumprimento da lei nas empresas contratantes, evitando que colaboradores transitarem com numerário, e ainda extingue as paradas nas praças de cobrança, eliminando questões críticas relacionadas à vulnerabilidade da frota. Há ainda a possibilidade de mais praticidade aos sistemas de identificação de frotas, sendo possível usar as tags para reconhecimento e liberação de acesso às garagens, como já acontece em milhares de estacionamentos e condomínios espalhados pelo país.
As tags também podem ser utilizadas não apenas para pagamentos de tarifas em pedágios. Os motoristas podem utilizá-las como meio de pagamento em restaurantes e lanchonetes com sistema de drive thru, estacionamentos, serviços de lava-rápido, postos de combustíveis e até na contratação de outros serviços, dependendo da operadora escolhida.